MERCADO - CONJUNTURA AGROPECUARIA

Oferta de soja é superior
à demanda mundial
 

Relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reavaliou para baixo a produção brasileira de soja na safra 2005/06, passando de 57,0 milhões de toneladas para 56,5milhões. O consumo interno foi reajustado para 31,1 milhões de toneladas, as exportações reavaliadas para 25,9 milhões de toneladas e estoques finais passaram de 16,4 para 16,7 milhões.

A produção mundial também foi reajustada, passando 222,2 mihões de toneladas para 221,8
 

 milhões de toneladas; o consumo mundial foiretificado para 212,5 milhões detoneladas e o  estoque final passou de 53,7 milhões de toneladas para 55,9 milhões. A relação estoque/consumo mundial é de 26,3%, a maior das últimas safras mundiais.

Para a Argentina a estimativa de produção foi mantida em 40,5milhões de toneladas, exportações revisadas para 10,5 milhões de toneladas e estoque final passou de 14,4
 

milhões de toneladas para 16,2 milhões de toneladas.

O USDA manteve a estimativa da produção norte-americana em 84 milhões de toneladas e o estoque final em 15,4 milhões de toneladas, o maior desde a safra 1985/1986. As exportações foram mantidas em 24,4 milhões de toneladas.

Para a safra 2006/07, as primeiras intenções de plantio dos Estados Unidos sinalizam aumento da área plantada para a soja (31,1 milhões de
 

hectares) e estoques finais de 17,7 milhões de toneladas.

Com relação à China, o principal mercado mundial para a soja em grão, o relatório manteve a produção em 18,3 milhões de toneladas e as importações em 27 milhões de toneladas.

As projeções de preços, constantes no relatório de maio, apontam preços US$ 5,10 a
 

 US$ 6,10/bushel (US$ 11,24 a US$ 13,44/saca, respectivamente), correspondente ao dólar atual entre R$ 23,64/saca a R$ 28,26/saca.

O preço médio na safra 2005/06 foi estimado em US$ 5,60/bushel, equivalente a US$ 12,34/saca (R$ 25,95/saca).

O mercado foi surpreendido com as previsões do USDA referentes à área de milho nos Estados Unidos na safra 2006/07. O relatório estima uma área de 31,6 milhões de hectares, cerca de 5% inferior à safra 2005/06. Considerando as ampliações programas de usinas de etanol nos Estados Unidos a partir do milho, o efeito do relatório repercutiu nos preços do grão que alcançou o maior preço desde julho de 2005.

A produção mundial estimada é de 680,28 milhões de toneladas; consumo mundial de 717,33 milhões de toneladas e exportações

mundiais de 77,99 milhões de toneladas. Os estoques finais na safra 2006/07 sinalizam redução, estimados em 92,3 milhões de toneladas e a relação estoque final/consumo passou para 12,9%, a menor desde 2003/04.