Visita técnica complementa |
Nas fotos, o grupo em dois momentos da visita técnica na produção de abacaxi | Os 23 empreendedores rurais de Santa Isabel do Ivaí iniciaram, na última semana, a etapa de engenharia do projeto que, ao final do curso estará pronto para ser implantado. Os participantes já fizerem o diagnóstico de sua propriedade e recentemente finalizaram a fase de pesquisa de mercado. Para facilitar o aprendizado do grupo, a instrutora Maria Cecília dos Santos Rodrigues, que presta serviços ao SENAR-PR, agendou uma série de visitas técnicas a propriedades e empreendimentos de produtores da região. A instrutora destaca o interesse da turma bem como o apoio dado pelo Sindicato Rural de Santa Isabel do Ivaí. A primeira visita foi à propriedade de uma das |
participantes do curso. Ela e o marido produzem abacaxi, cultura forte no município. De acordo com Maria Cecília, o fato da proprietária participar do PER facilitou a coleta de informações: “Ela já sabia que tipo de informação seria útil aos colegas”. Na seqüência, o grupo conheceu as instalações do Laticínio Vó Maria. O espaço é bastante popular entre os que fazem curso de Formação Profissional Rural pelo SENAR-PR. Freqüentemente os proprietários cedem as instalações para a realização de práticas nos cursos de Bovinocultura de leite. Outra vez, uma empresa rural em que um dos administradores passou pelo PER. A esposa do proprietário participa atualmente da Fase 3 do programa. Ali, os empreendedores conheceram uma história de sucesso e fibra. Em função de uma limitação física, o produtor teve de adaptar a estrutura que possui para se manter na atividade. Atualmente, ele compra leite de outros produtores, empacota e distribui nas cidades da região. O produtor fornece inclusive para o programa Leite das Crianças, do governo do estado. A terceira visita foi a uma criação de avestruz, com implantação de incubadora e berçário em sistema de prestação de serviços e engorda para abate. O administrador contou, inclusive, que existe um projeto para adequar um abatedouro de boi da região para o abate das aves. De acordo com Maria Cecília, os empreendedores mostraram, durante as visitas e em suas perguntas, um amadurecimento em relação à visão que tinham das atividades agropecuárias: “É outra visão. Querem levantar custos, saber se a atividade é compatível com a realidade deles”. Na avaliação da instrutora, o retorno que estas visitas dão em termos de fixação e compreensão do conteúdo teórico é extremamente positivo. |
Já está disponível no Portal do Empreendedor Rural o segundo capítulo do livro Desenvolvimento Agropecuário: da dependência ao protagonismo do agricultor. No texto, o autor chama a atenção para aquilo que é o fundamento do Programa empreendedor Rural: “A agricultura é uma atividade econômica e como tal só poderá sustentar-se se for rentável; e para que isso seja possível deverá ser encarada com uma visão empresarial. No caminho da rentabilidade e competitividade dos agricultores, Lacki prioriza os “insumos intelectuais” como ferramentas para a conquista de eficiência nos aspectos produtivos, gerenciais e comerciais. Outros fatores elencados pelo autor são: adoção de tecnologias que poupem fatores escassos e ocupem fatores abundantes; maior produtividade do homem e da terra como contraposição à insuficiência de recursos produtivos; administração eficiente com uso racional dos recursos disponíveis e eliminação de eventuais ociosidades e superdimensionamentos; diminuição no custo e quantidade dos insumos; redução nos custos unitários de produção e melhoramento da qualidade dos excedentes; diminuição das perdas durante e pós-colheita; processamento primário das colheitas com o fim de incorporar valor ao produto;redução dos elos da cadeia de intermediação. No caminho apontado por Lacki não há milagres e o autor não acredita em outra alternativa para tornar economicamente viáveis as empresas rurais: “Devido a eliminação dos subsídios, somente serão rentáveis aqueles agricultores que adotarem em forma integral e correta estas nove medidas, porque só por meio delas poderão reduzir ao mínimo a quantidade e o custo das entradas e simultaneamente, incrementar ao máximo, a quantidade, a qualidade e o preço das saídas”. Agora são dois os capítulos do livro de Polan Lacki disponíveis para leitura no Portal do empreendedor rural. Acesse, leia e registre sua opinião. |
História O primeiro semestre do PER demonstra que o programa veio de encontro às necessidades do produtor rural. Durante quatro meses os participantes realizaram o diagnóstico de sua propriedade, estudo de mercado do projeto a ser implantado, depois engenharia do projeto e, por fim, a fase de avaliação dos projetos. As etapas foram subsidiadas com módulos sobre globalização e política agrícola e cadeias agroindustriais. Os instrutores repassam informações sobre barreiras tarifárias, subsídios, políticas de crédito rural, formação de preços em mercados agropecuários, etc... |
Radar De acordo com a pesquisa do PER junto à turma de 2003, no início do curso, 33% dos participantes já possuíam negócio próprio. Após um ano, esta porcentagem aumentou para 47,2%, portanto estima-se que 14,2% dos participantes do PER criaram seus negócios próprios. Interessante destacar também que no marco zero 41,3% dos participantes disseram que trabalham em empresas agrícolas familiares. Estes participantes apresentam, por hipótese, um alto potencial para desenvolver negócios próprios, utilizando os recursos familiares disponíveis. |
Sintonia O Portal do Empreendedor Rural traz duas novas ferramentas. Por meio da “localiza empreendedor”, quem acessar o site pode localizar qualquer empreendedor rural que esteja cadastrado no banco de dados do portal. A segunda novidade é o “calendário de eventos” espaço que vai ser construído com a colaboração dos empreendedores, que podem inserir no calendário eventos relacionados ao agronegócio para que todos que navegam pelo site tenham acesso. |
Boletim Informativo nº 912, semana de 22 a 28 de maio de 2006 | VOLTAR |