Associações
Comerciais também aderem |
Diversas associações comerciais do Sistema Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná) aderiram ao movimento, apoiando as ações dos sindicatos patronais rurais de suas regiões e de entidades afins. O vice- presidente para Assuntos de Agronegócio da Faciap, Ivo Pierin Junior, explicou que as medidas tomadas recentemente pelo governo não são suficientes para reduzir a crise vivida pelo setor. Pierin defende o estabelecimento de um plano para alongamento dos prazos de pagamento da dívida dos produtores rurais e redução significativa de impostos. "A desvalorização do dólar também onera o produtor brasileiro, já que nossos preços não ficam tão competitivos quanto de outros países. Temos arroz importado sendo vendido a um valor muito mais baixo do que aquele produzido no país", explica Pierin. Ele também lembra que "em outros países não produtores de petróleo, o diesel, por exemplo, é muito mais barato do que no Brasil". A Associação de Ponta Grossa encaminhou carta aos associados solicitando o fechamento das portas do comércio por uma hora na manhã do dia 16, em sinal de apoio à mobilização que deve levar a população às ruas e fechar as entradas da cidade. O apoio da entidade está pautado nas conseqüências econômicas deflagradas pela crise. O presidente da Acipg, Jordão Bahls, enfatiza que mais da metade da economia ponta-grossense está direta ou indiretamente ligada ao campo. "Temos indícios de que esta crise afetará a economia como um todo". Em Paranavaí, além do fechamento das rodovias, o comércio também abriu as portas mais tarde. "Todos têm consciência de que uma queda na atividade agropecuária reflete em recessão para a atividade comercial, industrial e de serviços, principalmente na nossa região", ressaltou o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí, Roberto Viotto. O movimento recebeu ainda o apoio da Coordenadoria das Associações Comerciais e Industriais do Noroeste do Paraná (Cacinpar). Em Cascavel, a mobilização da agropecuária recebeu a adesão da Associação Comercial e Empresarial local. Os comerciantes também fecharam os estabelecimentos a medida em que o tratoraço passava. Ainda Em Toledo, a Associação Comercial orientou os empresários a participarem do protesto, distribuindo panfletos sobre a crise. "Devido à gravidade da situação a Acit não poderia deixar de apoiar essa iniciativa da classe agrícola", declarou Rainer Zielasko, presidente do órgão de representação do comércio. Idêntica orientação foi dada aos filiados da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava, no sentido de que o comércio local fechasse as lojas entre as 9h às 12h do dia 16. A entidade de Guarapuava pediu ainda a todos os associados que comparecessem vestidos de preto à Praça Cleve. A Acig entende que esta é uma das maiores crises enfrentadas pela agricultura, pois já está afetando todos os segmentos econômicos. Segundo a presidente, Ires Salete Previatti, o reflexo negativo da crise se dá em cadeia. "Se o produtor rural está quebrado não vem para a cidade fazer suas compras, e não consumindo, gera prejuízos no comércio e o resultado poderá vir em forma de grande desemprego". Em Maringá, a Acim orientou os associados a fechar seus estabelecimentos comerciais durante a passeata dos produtores. |
Uma bandeira preta foi hasteada junto com a bandeira do Brasil na sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) semana passada (12) pela manhã. A bandeira permaneceu até o dia 16, dia nacional de mobilização contra a crise na agricultura, em solidariedade aos agricultores paranaenses. "A indústria paranaense se solidariza à agricultura neste momento difícil do sistema produtivo, em que a falta de uma política econômica que promova a produção, produtividade, renda e emprego leva os empresários do campo a uma situação de desalento", diz Rodrigo da Rocha Loures, presidente da FIEP. |
|
Boletim Informativo nº 912,
semana de 22 a 28 de maio de 2006 |
VOLTAR |