Crise na Agropecuária |
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Protestos da
agropecuária se |
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Já são três os trechos interditados por tratores da ferrovia Londrina / Apucarana. O movimento se estende e
envolve produtores de vários municípios da região |
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Produtores de Rolândia, Jaguapitã, Arapongas, Sabáudia, Pitangueiras, Cambé, Londrina, Sertanópolis, Primeiro de Maio e Jaguapitã formam a nova frente do protesto da agricultura paranaense. A manifestação começou hoje (terça-feira, dia 9) cedo, em Rolândia. Com apoio do comércio e indústria, os agricultores realizaram uma passeata e cercaram a agência local do Banco do Brasil. O grupo de manifestantes entregou uma carta –manifesto paranaense ao gerente do banco. O documento foi protocolado no banco. |
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Na seqüência, os agricultores usaram 200 tratores para bloquear um novo trecho da ferrovia da América Latina Logística, da ligação entre Londrina e Apucarana, impedindo o tráfego de vagões de grãos e farelo de soja para exportação pelo Porto de Paranaguá. "Estamos firmes. Nossa intenção é manter o movimento. Dia 16 teremos também um grande protesto nacional ", avisa Irineu Sella, do Conselho Fiscal do Sindicato Rural de Rolândia. A movimentação recebe apoio de cooperativas, câmara de vereadores e prefeituras e sociedade. No sábado passado (7), manifestantes de Mandaguaçu e Ourizona interromperam o tráfego ferroviário no ramal da ALL- América Latina Logística, em Maringá. O trecho interditado fica na Av. Paranavaí. O protesto cresceu, recebendo a adesão de agricultores de São Jorge do Ivaí, Doutor Camargo, Itambé, Floresta, Paiçandu, entre outros municípios vizinhos. Na segunda-feira (8), produtores de Marialva aderiram ao protesto, interditando com maquinário agrícola um trecho local da ferrovia. Quase mil manifestantes têm passado as noites em vigília. A intenção é não permitir o transporte de qualquer tipo de carga pelos trens da ALL, por tempo indeterminado. Hoje (9) o movimento recebeu a adesão de outros municípios do Norte do Estado. Os protestos são pacíficos, mas refletem a insatisfação e o inconformismo do setor rural em relação a política agrícola brasileira. Tem o apoio de todos os sindicatos rurais patronais. Os manifestantes asseguram que a mobilização vai crescer e atingir mais cidades, como Guarapuava, Cianorte e Cascavel. |
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Boletim Informativo nº 911,
semana de 15 a 21 de maio de 2006 |
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