Concluído sacrifício dos animais
suspeitos de aftosa no Paraná

A Secretaria da Agricultura concluiu no final da noite da última terça-feira (28/03) o sacrifício sanitário dos 6.781 animais das sete propriedades do Paraná, reconhecidas pelo Ministério da Agricultura como focos de febre aftosa. O último rebanho abatido foi o da Fazenda Alto Alegre, localizada no município de Loanda.

Desde então todas as propriedades que tinham animais suspeitos de febre aftosa já estão na condição de "vazio sanitário". Elas passam por um processo de desinfecção e devem permanecer vazias por um período de 30 dias. Vencido este prazo, os proprietários estão autorizados a colocar animais-sentinela (bezerros não-vacinados) nas fazendas.

Os animais-sentinela permanecerão por 30 dias nas propriedades até a realização de novos testes laboratoriais, que confirmem ou não a presença do vírus da febre aftosa. Confirmada a ausência do vírus, as fazendas deixarão de ser interditadas. Em cada fazenda, o número de bezerros-sentinela deve representar cerca de 5% do rebanho sacrificado.

Os procedimentos para a erradicação da doença começaram no dia oito de março, em Maringá, quando foram abatidas 375 cabeças, sendo 144 da Fazenda Cesumar e 231 da Fazenda Pedra Preta.

Na Fazenda Flor do Café, em Bela Vista do Paraíso, o sacrifício dos 84 animais aconteceu no dia 10 de março. Já na Fazenda Santa Isabel, localizada em Grandes Rios, foram sacrificados 43 bovinos no dia seguinte. O sacrifício das 1.810 cabeças da Fazenda Cachoeira, localizada em São Sebastião da Amoreira, teve início no dia 14 de março.

No município de Loanda, o sacrifício sanitário dos 4.555 animais das duas propriedades começou no dia 20. Primeiro, foram sacrificados os 2.745 animais da Fazenda São Paulo.

Em seguida, os técnicos se deslocaram para a Fazenda Alto Alegre, a última propriedade a ter os animais sacrificados no Paraná. Os trabalhos começaram no último final de semana. Mas como a chuva atrapalhou, os médicos-veterinários da Secretaria só puderam concluir o sacrifício das 1.728 cabeças de gado no final da noite desta terça-feira (28).

Todos os procedimentos realizados nas sete fazendas foram acompanhados de perto por técnicos da Secretaria da Agricultura, do Ministério da Agricultura, e de uma representante do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa). Foram necropsiados 21 animais. O material coletado foi encaminhado para ser processado pelo Panaftosa.

Sorologia - Por enquanto continua o trabalho de 50 técnicos do Departamento de Fiscalização (Defis), da Secretaria da Agricultura, que visa demonstrar a ausência do vírus da febre aftosa na área que compreende um raio de 10 quilômetros das propriedades consideradas de risco pelo Ministério.

Em todo o Paraná, 885 propriedades encontram-se nessa situação. Entre elas, 631 foram sorteadas para sorologia. São 187 no município de Maringá, 187 em Grandes Rios, 120 propriedades em Amaporã, 71 em Bela Vista do Paraíso e 66 no município de Loanda.

Nestas propriedades é feita a coleta de sangue em animais que se encontram na faixa etária entre seis e 24 meses. Dependendo do tamanho do rebanho em cada propriedade sorteada, são coletadas de 15 a 60 amostras de sangue.


Boletim Informativo nº 905, semana de 3 a 9 de abril de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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