Sem-terra fecham estrada do PR, tumultuam centro de Curitiba. . .

O sul do Paraná e Curitiba, a capital do Estado, voltaram a enfrentar períodos de tensão, no último dia 28. No Sul do Estado, um grupo bloqueou a rodovia PR-662 entre os municípios de Foz do Jordão e Reserva do Iguaçu, pedindo a desapropriação de uma fazenda para um projeto de assentamento. Segundo a agência Estadao.com , o Incra não aceitou a exigência do grupo de negociar. A área visada é uma fazenda de 10 mil hectares, que o Instituto Ambiental do Paraná apresentou restrições e não liberou para esta finalidade.

Em Curitiba, manifestantes do movimento Via Campesina realizaram marchas simultaneamente ao Greenpeace e à APP Sindicato, provocando um grande tumulto no tráfego do centro da capital do Paraná. Os manifestantes conseguiram tornar um caos as avenidas 7 de Setembro, Visconde de Guarapuava, Silva Jardim e Marechal Floriano e as ruas Marechal Deodoro, Alferes Poli e Doutor Faivre.

O tumulto foi tão grande, que obrigou a uma mudança no trajeto dos gigantescos ônibus 

públicos biarticulados, que tiveram que deixar as canaletas de circulação exclusiva e cair no tráfego comum. Para complicar,os manifestantes do Via Campesina bloquearam ainda o eixo cen-

tral do transporte público integrado na Praça Eufrásio Corrêa, em frente à Câmara Municipal de Curitiba.

As manifestações prolongaram as dificuldades do trânsito até a tarde do dia 28. Por causa disto, todas as linhas de ônibus atrasaram, tanto biarticulados como ônibus convencionais, deixando milhares de pessoas a espera nos grandes terminais centrais e da periferia da capital.

. . . e saqueiam caminhões
de carga em Alagoas

Terça-feira passada (28), grupos de sem- terra do MST, CPT, MTL e MLST de Alagoas interditaram vários trechos de estradas, inclusive a BR-101, uma das principais ligações do Estado com o vizinho Pernambuco. Os manifestantes promoveram saques em cinco caminhões de alimentos na região de Messias (Microrregião da Mata Alagoana), que levavam cargas de charque, laticínios, chocolate e produtos congelados. Os sem- terra também bloquearam trechos de estradas em 20 municípios do Estado, sob alegação do atraso na reforma agrária e a miséria nos acampamentos de AL.