Recursos para milho e
mudança | |
A FAEP encaminhou ofícios para os Ministérios da Agricultura e da Fazenda solicitando recursos para os instrumentos de comercialização de milho e pedido de mudanças nos financiamentos de pecuária. Milho
- Os pleitos para a comercialização do milho visam garantir aos
produtores melhores preços. A Federação solicita que o governo
libere, em regime de urgência, recursos para os instrumentos de
comercialização de Contrato de Opção de Venda Privado - PROP,
Prêmio para Escoamento de Produto - PEP e Aquisição do Governo
Federal – AGF para o milho. |
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Investimentos pecuários - No final de 2005 o governo editou a resolução 3.337 do Banco Central do Brasil, pela qual os avicultores e suinocultores que tomarem empréstimos para projetos à partir de 1. de janeiro de 2006 do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro) terão agora oito anos de prazo para pagamento, com dois de carência. Foi reivindicado a distensão do prazo de pagamento, de cinco para oito anos, também para as operações anteriores a janeiro de 2006 envolvendo suinocultura, avicultura e bovinocultura, que não foram contempladas pela medida. Custeios - Pedido de prorrogação geral e automática para os custeios pecuários de bovinocultura de empreendimentos afetados pela ocorrência de focos de febre aftosa também faz parte dos pleitos. A solicitação partiu da Comissão Técnica de Pecuária de Corte. Frangos e suínos - O Paraná é o maior produtor nacional de frango de corte com produção de 1 bilhão de cabeças ou 21,67% na participação brasileira, e o segundo nas exportações que atingiu US$953,8 milhões em 2005. O setor avícola gera 50 mil empregos diretos na cadeia produtiva no Paraná e mais de 10 mil produtores dependem da atividade. A retração do consumo de carne de frango na Europa por conta do temor da contaminação pela gripe aviária causou uma queda de 8% nas exportações brasileiras na comparação com fevereiro de 2005 e de 7% em relação a janeiro. O preço no mercado externo já caiu 16% entre dezembro e fevereiro e o câmbio valorizado também afeta negativamente a rentabilidade do produtor. Com menos carne direcionada ao mercado externo houve excesso de oferta interna e redução nos preços recebidos pelos produtores. O frango era cotado em média por R$1,44 o quilo no primeiro semestre de 2004 e agora passou para R$1,16 representando retração de 19,44%. A
suinocultura vive quadro parecido em relação aos preços. Em fevereiro
de 2005 o preço do suíno estava em R$2,00 por quilo e está cotado em
R$1,51, retração de 24,5%. O quadro é desesperador, pois as
agroindústrias irão reduzir entre 15% a 25% da produção e as
demissões para se ajustar à nova conjuntura já começaram. | |
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Boletim Informativo nº
903, semana de 20 a 26 de março de 2006 | VOLTAR |