Castro
Tratoraço mostra
situação de Os participantes
aprovaram um protocolo de intenções, que será
enviado ao Governo Federal, pedindo a mudança "na política que
empobrece o agricultor e inviabiliza a produção rural" | |||||||||||||||||||||||||||||||
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O protesto constituiu-se na terceira manifestação promovida pelo setor, em menos de um mês. Organizado pelo Sindicato Rural de Castro, foi realizado em conjunto com o Movimento Pró-Agropecuária, de Pró-Valorização das Atividades Rurais. Os anteriores ocorreram em Palmeira e Tibagi. Comércio e empresariado de Castro deram apoio, fechando as portas durante o evento. Prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais aderiram à mobilização. Os participantes aprovaram um protocolo de intenções, que será enviado ao Governo Federal, pedindo a mudança "na política "que empobrece o agropecuarista e inviabiliza a produção rural". Estudam ainda entrar com uma ação judicial, caso o governo continue descumprindo os preços mínimos. Reivindicam um acordo com os bancos financiadores para aumentar o limite dos financiamentos rurais com juros oficiais; a aprovação do Projeto de Lei 5.507/05 (de solução para o endividamento rural); mais recursos de crédito rural e investimentos na infraestrutura dos transportes. Muitos agricultores dos Campos Gerais encontram-se com o maquinário agrícola "penhorado" devido a descapitalização e a falta de condições de solucionar o endividamento de 2003 para cá. Eles levaram para o tratoraço 200 veículos e caminhões agrícolas. O dirigente Lauro Lopes, presidente do Sindicato Rural de Castro, assinalou a necessidade de o governo garantir a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). "Tendo preço, temos tudo" resumiu. Lopes ressalta também que, com a renda assegurada, os produtores não vão precisar pedir mais prazo nem renegociar dívidas. A gota d´água no drama da agricultura dos Campos Gerais foi a seca do início do verão 2005/2006, que atrasou o plantio de soja, comprometeu e rentabilidade do milho e fez cair o aproveitamento das pastagens e da pecuária leiteira. Como
se não bastassem os períodos de estiagem que assolaram o Estado nesses
últimos dois anos, e de verem-se obrigados a arcar com os prejuízos da
quebra da produtividade causada pela falta de chuva, os agricultores
ainda vêm tendo que conviver com um custo de produção mais alto do
que a renda. Sementes e insumos de plantio foram adquiridos com o dólar
a R$ 3,50, enquanto a colheita 2006 começa um câmbio inferior a R$
2,50. | |||||||||||||||||||||||||||||||
Somem-se a isto a queda dos preços agrícolas nos mercados internos e externos e os prejuízos do embargo da febre aftosa, para se ter um quadro extremamente sério para a economia regional. O maior exemplo dos prejuízos está na pecuária leiteira, uma das principais atividades da região, que acumula diferença de 22,64% a menor no preço do litro do produto, uma queda que se efetivou entre 2003 e 2006 (veja no quadro a seguir). Segundo Eduardo Medeiros Gomes, coordenador da comissão de mobilização " entre os principais pontos que destacamos estão os preços e o apoio aos agricultores". Levantamento das perdas aponta perdas de 18%, no caso do leite; de quase 17%, para os suinocultores; de 27% para os triticultores; e de quase 20% para quem plantou milho. |
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Boletim Informativo nº
901, semana de 27 de fevereiro a 5 de março de 2006 | VOLTAR |