Sindicato Rural de Cascavel
repudia liderança do MLST


Presidente do Sindicato Rural de Cascavel Nelson Menegatti

As declarações feitas por Jocélia de Oliveira Costa, conhecida como Jô, da coordenação estadual do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), e veiculadas pela imprensa semanas atrás, sobre as ações da organização, foram recebidas com preocupação e repúdio por lideranças de Cascavel e região. Nesta cidade, o MLST está se instalando inclusive com escritório permanente, no bairro Periollo, e conta com cerca de 300 famílias num acampamento às margens da BR-369 (Cascavel-Corbélia).

Uma das lideranças que reagiu com veemência contra as  palavras  proferidas   por   Jô,  foi  o 

presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, Nelson Menegatti, que também preside o Núcleo dessas entidades do Oeste (Nurespop). "Através do nosso departamento jurídico, estamos inclusive estudando medidas na esfera judicial contra as atitudes e declarações dessa representantes do MLST, porque ela está agindo contra a Constituição Federal, contra o direito de propriedade e contra a ordem pública e social", afirmou.

Referindo-se às palavras de Jô de que o Movimento está aceitando todo tipo de pessoa, desde favelados até paraguaios, para engrossar o grupo para novas ocupações que o MLST pretende realizar nesta região, Nelson Menegatti considerou que, com esta atitude, "ela está incitando as pessoas à desordem pública e social, ao desrespeito ao direito de propriedade e, conseqüentemente, à Constituição Brasileira". Afirmou ainda o dirigente ruralista que, "não somos contra a reforma agrária, desde que seja feita dentro dos princípios da lei".

É preciso reagir - Sobre outras afirmações da coordenação estadual do MLST, de que o Movimento não se interessa por áreas improdutivas e que quer ocupar terras produtivas, sob a alegação de que assim fica mais fácil produzir, Nelson Menegatti observou que, "com esta linha de raciocínio e de ação, "essa organização assume que, o que pretende mesmo é espalhar terrorismo, intranqüilidade e baderna no meio rural, especialmente contra quem tem suas propriedades voltadas à produção agropecuária".

Para o presidente do Sindicato Rural Patronal, "é inaceitável que alguém venha a público pregar a anarquia e se sobrepor às leis vigentes e que ninguém faça nada. Esperamos que os órgãos constituídos se manifestem e, mais que isto, tomem as medidas cabíveis, para que o homem do campo possa ter a tranqüilidade de trabalhar e produzir aquilo que o mundo mais precisa, que é o alimento".


Boletim Informativo nº 901, semana de 27 de fevereiro a 5 de março de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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