Crise
de mercado e preços levam O
impacto do embargo gerado pela febre aftosa, o | |
Uma marcha de protesto de suinocultores com representantes de pelo menos 18 municípios do Oeste e Sudoeste do Paraná, além de Santa Catarina, movimentou o trecho central do calçadão da Avenida Brasil, em frente à Catedral de Cascavel, na manhã do dia 10. Caravanas de produtores deixaram por um dia o trabalho de manejo e alimentação de seus plantéis de animais nas granjas, para cobrar medidas de apoio e sustentação econômica do Governo. Ao meio-dia promoveram a distribuição de três toneladas de carne assada de graça, além do leilão de dois leitões, doando a renda a uma instituição social, a União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer. A tarde saíram em carreata pela cidade. |
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Os suinocultores querem do Governo medidas |
imediatas que afastem o impasse da febre aftosa no Paraná, além da renegociação dos débitos, a liberação de recursos para ações e programas de Defesa Sanitária Animal , medidas de proteção do rebanho e a inclusão da carne suína na merenda escolar e nos programas de distribuição de alimentos. |
Os manifestantes queixaram-se também que a queda de preços atinge apenas os criadores, sem beneficiar os consumidores no comércio varejista e supermercados onde o valor de venda é mantido. A manifestação em Cascavel teve a divulgação de uma Carta de Alerta. |
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"Alerta da Suinocultura do Paraná Crise da suinocultura Os suinocultores paranaenses e brasileiros enfrentaram novas e graves crises ao longo dos últimos cinco anos. Depois de amargar perdas por longo período, os preços do suíno vivo começaram a reagir com o crescimento das exportações e a valorização da carne suína no mercado internacional. Quando o produtor teve a oportunidade de começar a recuperar parte de suas perdas, surgiram os focos de febre aftosa e os preços do suíno voltaram a despencar no mercado interno. De R$ 2,40 o quilo, os preços do suíno vivo caíram para até R$ 1,25. Em toda a cadeia produtiva, porém, somente o criador foi atingido pela crise, pois o consumo interno da carne suína se manteve estável e as exportações bateram recordes em 2005, em volume e valor. Foram 625 mil toneladas e 1,1 bilhão de dólares. Apesar do embargo de dezenas de países às carnes brasileiras, as vendas externas de carne suína tiveram desempenho satisfatório, inclusive com a elevação dos preços internacionais do produto. A superação da crise depende da organização do suinocultor e também do apoio do poder público e da sociedade. Dentro da organização do produtor, a sustentabilidade da suinocultura passa pela administração da produção e sistemas de produção, que permita o equilíbrio entre oferta e demanda e custos e receitas da atividade. O suinocultor há muito tempo reivindica uma política agropecuária de médio e longo prazos, que lhe permita investir em tecnologia, qualidade, sanidade e preservação ambiental, com mais segurança e tranqüilidade. Reivindicações:
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Boletim Informativo nº
900, semana de 20 a 26 de fevereiro de 2006 | VOLTAR |