CNA quer parceria para
erradicar
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O trabalho de erradicação da febre aftosa na América do Sul, especialmente naqueles que têm fronteira com o Brasil, é tarefa indispensável para eliminar a ocorrência da doença no território nacional. A avaliação é do presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, (CNA), Antenor Nogueira, que reuniu-se na última quarta-feira (25/01) na sede da entidade com uma delegação de dirigentes do agronegócio norte-americano. "Se não eliminarmos a doença em toda a América do Sul, teremos permanentemente notícias |
sobre a ocorrência de aftosa no País. E isso é muito ruim para o Brasil", afirmou. A missão, que visitou a CNA, integrada por técnicos e empresários norte-americanos, foi organizada pelo Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa (Giefa), com apoio do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Opas/OMS) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O grupo veio ao Brasil para conhecer programas de combate à doença e discutir formas de cooperação e fortalecimento de ações de controle da aftosa nos países da América do Sul. O Giefa contabiliza hoje US$ 49 milhões, arrecadados junto ao setor privado, para serem aplicados em ações para erradicação da doença, como controle de animais, cadastramento e movimentação de rebanho, em regiões consideradas críticas como as fronteiras do Brasil com a Bolívia e com o Paraguai; a região do Chaco, que envolve áreas da Argentina, Bolívia e Paraguai, além do Equador e da Venezuela. "Aftosa é um problema que envolve cooperação regional", afirmou Sebastião Costa Guedes, presidente do Giefa. Os Estados Unidos, que são o maior produtor de carnes do mundo, têm interesse em trabalhar em conjunto com o Brasil na melhoria da sanidade animal a fim de ampliar as oportunidades de negócios nos mercado asiático. Na avaliação de Nogueira, o Brasil só tem a ganhar com o trabalho de eliminação da doença e controle viral no continente. "Ninguém tem a preocupação com a sanidade animal igual a do produtor brasileiro, em virtude do tamanho do rebanho nacional. Temos sofrido, na carne, embargos comerciais, muitas vezes provocados por problemas sanitários de países vizinhos ou de problemas internos em regiões que ainda não avançaram no combate à aftosa", disse Nogueira. No ano passado, o registro de casos de aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná resultou em embargos internacionais de clientes tradicionais da carne bovina brasileira, como União Européia, Rússia, Chile, Argélia, Israel, gerando perda de renda para o produtor brasileiro. Por isso, o Brasil tem interesse em eliminar a doença em toda a América do Sul. |
Boletim Informativo nº
897, semana de 30 de janeiro a 5 de fevereiro de 2006 | VOLTAR |