Agricultura
do Paraná enfrenta Há
pelo menos 30 anos o Estado não sofria | |
Levantamento das médias históricas pluviométricas divulgado semana passada pela Estação Meteorológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) indica que o Paraná vive um dos períodos mais críticos das últimas três décadas, no tocante ao regime de chuvas. A primeira quinzena de janeiro também passou com um clima bem mais quente do que nos anos anteriores, e o registro de temperaturas até 10º (centígrados) acima das médias registradas pelos sistemas meteorológicos paranaenses. O laboratório da Universidade de Maringá faz o acompanhamento do índice pluviométrico na região | |
Norte desde 1976. Seus meteorologistas foram ouvidos pelo Jornal Diário de Maringá. Segundo eles, os equipamentos da universidade registraram a queda de apenas 12.5 milímetros de chuva na região (cada mm corresponde a uma lâmina de água por metro quadrado), enquanto a média histórica do mês costumava girar em torno de 202.3 mm. |
Em dezembro do ano passado, quando foram divulgados prognósticos para o clima do verão 2005/2006 no País, foi destacado que nas regiões oeste e sudoeste do País as chuvas seriam irregulares no espaço e tempo. Os boletins alertaram |
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também para dias muito quentes, com temperaturas ligeiramente acima da média histórica. O meteorologista Samuel Braun, do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) reconheceu ao jornal Diário de Maringá que a estiagem tem alcançado todo o Estado e que o fenômeno aponta para uma média de chuva abaixo dos registros históricos em todas as regiões paranaenses. As chuvas que ocorrem com regularidade em pontos distintos do Estado têm sido localizadas e mal distribuídas, o que aumenta a sensação de seca. O meteorologista diz que as chuvas são localizadas e mal distribuídas, o que dá a impressão de uma estiagem mais grave. Até a semana passada, o Norte e Noroeste estavam em melhores condições. O Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual da Agricultura (Deral/SEAB) divulgou uma estimativa inicial de perdas causadas pela estiagem. De acordo com ela, o milho já acumula prejuízos de R$ 237 milhões, num percentual equivalente a 30% das lavouras. Em alguns locais, os prejuízos passam de 50%, caso de Realeza e Francisco Beltrão (Sudoeste). Laranjeiras do Sul registra quebra de 28%; em Ponta Grossa e Pato Branco os prejuízos já alcançam 17%. |
Boletim Informativo nº
896, semana de 23 a 29 de janeiro de 2006 | VOLTAR |