Febre Aftosa | |
Conesa sugere abate sanitário, em cumprimento às regras mundiais Animais permanecem confinados na Fazenda Cachoeira enquanto o setor pecuário aguarda que seja definida a Comissão de Avaliação e Sacrifício | |
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condição de área livre de febre aftosa, com vacinação. Não sacrificar os animais significaria aumentar de seis para 18 meses o prazo mínimo de reintegração ao circuito mundial, conforme as regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A suspeita do foco de febre aftosa foi levantada pela própria Secretaria da Agricultura, no dia 21 de outubro, quando o secretário Pessuti comunicou ao Ministério e descreveu a à Imprensa a condição dos animais fiscalizados |
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por veterinários. Eles haviam entrado em contato com animais da região do foco no Mato Grosso do Sul e apresentavam aftas, mancavam, salivavam acima do normal e tinham febre. O chefe do Departamento de Fiscalização, Felisberto Baptista, afirmou a representantes de entidades privadas que havia 99,9% de chances de ser um foco de febre aftosa. Estas declarações criaram um fato consumado. Pelas normas da OIE, neste caso, as autoridades do país têm que decretar a ocorrência de um foco da doença e tomar as medidas sanitárias cabíveis – independentemente do isolamento do vírus. |
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a. Efetuar o abate sanitário dos animais da fazenda Cachoeira, para retomar a condição de estado livre de febre aftosa após seis meses; b. Não efetuar o sacrifício sanitário, cumprindo, contudo, as demais medidas sanitárias preconizadas, para retorno do Paraná à condição de estado livre de febre aftosa após 18 meses; | ||
Outra voz dissonante foi a do deputado estadual José Maria Ferreira, que criticou a posição do Conselho Regional de Medicina Veterinária por ter votado pelo abate sanitário. O presidente do CRMV, Masaru Sugai, pediu a palavra. "Não posso concordar que tentem confundir a opinião pública. Não estamos falando de eutanásia de um animal sadio, mas de abate sanitário previsto em nosso Conselho de Ética diante do risco de doenças infecto-contagiosas", esclareceu.
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Boletim Informativo nº
895, semana de 16 a 22 de janeiro de 2006 | VOLTAR |