Diretoria do triênio 2005-2008
toma posse na nova sede da CNA

A Diretoria do Triênio 2005-2008 da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tomou posse na noite de quarta-feira (14) em cerimônia realizada no auditório da nova sede da CNA, em Brasília, e contou com a presença do presidente da República em exercício e ministro da Defesa, José Alencar, além de parlamentares, presidentes e representantes de Federações estaduais de agricultura e diversas outras autoridades.

A diretoria foi eleita em 25 de outubro, com Antônio Ernesto de Salvo na presidência; Fábio de Salles Meirelles (presidente da Federação da


Diretoria foi eleita em 25 de outubro

Agricultura do Estado de São Paulo), como 1º vice-presidente; Pio Guerra Júnior (presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco), como vice-presidente executivo; Kátia Abreu (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins) como vice-presidente de Secretaria; e Ágide Meneguette (presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná) como vice-presidente de Finanças.



A solenidade contou com a presença do presidente da
República em exercício e ministro da Defesa, José Alencar


   "A agropecuária brasileira, sobre cujos ombros repousa grande parte da responsabilidade de gerar empregos, manter baixos os preços da alimentação, abastecer o pioneiro mercado de energia de biomassa e obter moeda forte, tudo viabilizando discutíveis programas econômicos, esta agropecuária não mereceu, ainda, da sociedade, o entendimento que conquistou no primeiro mundo. Mesmo que venha sendo o motor mais eficiente do desenvolvimento nacional, ainda enfrenta preconceitos que não se coadunam com a realidade do campo", disse Antônio Ernesto de Salvo, em seu discurso de posse.

Segundo ele, política agrícola é coisa séria que

serve antes ao País do que a qualquer setor especial. "É financiamento adequado, é conhecimento dos altos e baixos dos preços dos produtos primários, é sustentação de renda nos momentos difíceis, é fortalecimento da pesquisa e da defesa sanitária, é aperfeiçoamento de mercados, é cuidado com infra-estrutura, é zelar pelo nosso mercado externo", afirmou De Salvo.

O presidente da CNA lembrou que há uma série de dificuldades enfrentadas pelo setor rural, como escasso acesso a crédito, ineficiência dos mecanismos oficiais de sustentação dos preços agrícolas; políticas ambiental, indígena e de direito à propriedade inadequadas. "Temos convivido com o absurdo", afirmou.

Antônio Ernesto de Salvo, entretanto, ressaltou sua decisão de trabalhar na busca de soluções para os problemas que enfrenta a atividade rural. "Nossa gente sairá ferida, mas inabalável na busca do seu destino, pois este Brasil só será grande e justo com uma agropecuária forte e respeitada. Outros começaram, muitos continuamos e os mais novos darão conta da tarefa", disse.

O presidente da República em exercício demonstrou apoio ao setor rural. "O Brasil tem de perder o medo de valorizar suas atividades produtivas, que têm sido relegadas a planos secundários. Economia não é o Banco Central, os

ministérios da Fazenda ou da Agricultura. A verdadeira economia é formada pelos setores produtivos", disse, lembrando das altas taxas de juros vigentes no Brasil, que dificultam justamente os investimentos na produção. José Alencar disse ter certeza de que a CNA "é uma trincheira de onde sairão as palavras de quem trabalha, de quem produz."

José Alencar lembrou que também é produtor rural e que tem orgulho de ser um integrante do setor. "Não há atividade mais nobre. Talvez por isso teimamos em nos manter nela, pelo sacrifício que nos impõe", afirmou.

O deputado federal Ronaldo Caiado, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara ressaltou também dos desafios do setor rural em enfrentar a concentração do poder econômico. "Temos cartelização em diversos segmentos, na carne, no leite, nos insumos, nos defensivos", disse o parlamentar, que destacou a importância da CNA na busca de soluções para esses problemas.

Em junho, a CNA e a Comissão de Agricultura da Câmara deram ingresso a pedido de investigação de formação de cartel por parte das grandes indústrias frigoríficas na Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. Caiado também ressaltou a importância da implantação de mecanismos anticíclicos de apoio à agropecuária, de forma a manter a renda do setor em momentos críticos, como em quebras de safras ocasionadas por fatores climáticos.

No Triênio 2005-2005, os integrantes efetivos do Conselho Fiscal da CNA são Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Piauí); Carlos Fernandes Xavier (presidente da Federação da Agricultura do Estado do Pará) e Macel Félix Caixeta (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás). Os suplentes do Conselho Fiscal são Eduardo Silveira Sobral (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe); Eurípedes Ferreira Lins (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas) e Leôncio de Souza Brito Filho (presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).


Boletim Informativo nº 894, semana de 19 a 25 de dezembro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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