Governo libera para o
Paraná | ||
Câmbio valorizado e oferta acima do esperado estão pressionando o preço do milho e no Paraná a cotação caiu abaixo do preço mínimo. O setor produtivo havia solicitado ao governo que adotasse medidas emergenciais para sustentar o preço. Diante desse quadro, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa) e a CONAB autorizaram a liberação de recursos da ordem de R$ 84 milhões para o Estado, em recursos para milho e trigo para as Aquisições do Governo Federal (AGF). No caso do milho, esse tipo de operação não ocorria desde 2001 no Paraná. | ||
Para as aquisições através de cooperativas, estas deverão apresentar a relação nominal dos produtores, com os respectivos quantitativos e classificação do milho, quem efetuou a aquisição do produto a ser comercializado com a CONAB e a nota fiscal da Cooperativa pelo quantitativo total. Procedimentos do produtor - O produtor deve procurar um armazém credenciado da CONAB ou a sua cooperativa para solicitar a comercialização através do AGF. Os documentos necessários para o contrato de produtores independentes são: 1. Nota fiscal com a quantidade a ser comercializada, limitado a 14 mil sacas; 2.Certificado de classificação emitido pela CLASPAR e ou Instituto Gênesis/Geneslab. O produtor paga o custo classificação e no caso da negociação ser fechada, a CONAB ressarci somente a classificação; 3. Declaração que o produto não se encontra vinculado à garantia de qualquer operação financeira ou caso contrário, uma autorização para a liquidação do débito; 4. Recibo de depósito emitido pelo armazém (credenciado da CONAB) depositário do produto. Diagnóstico do baixo preço do milho - Os preços no mercado ficaram em R$ 11,50 por saca em novembro no Paraná. O preço mínimo no Paraná é R$ 13,50. No começo de dezembro, a pressão se mantém e o produtor está recebendo das cooperativas R$ 10,50 em média pela saca de milho, o menor preço desde novembro de 2001. Uma combinação de fatores derruba o preço do milho: 1. Oferta acima das expectativas na safrinha; 2. A quebra da safra de trigo destinou parte da produção para a ração animal porque houve perda de qualidade; 3. Há controvérsias no mercado quanto ao tamanho da quebra na safra 2004/05 de milho do Rio Grande do Sul por causa da seca; 4. A oferta de milho está acima das expectativas porque os produtores venderam antecipadamente seus estoques do grão para plantar a safra 2005/06, devido à restrição de crédito; 5. O câmbio valorizado desestimulou as exportações, pois em 2004 o país embarcou 5 milhões de toneladas e até outubro deste ano foram 800 mil.
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Boletim Informativo nº
893, semana de 12 a 18 de dezembro de 2005 | VOLTAR |