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da
Comissão Técnica de Hortifruticultura da FAEP. A Comissão reuniu-se
dia 9 em Cornélio Procópio, com uma pauta de palestras para explicar a
certificação e o quê os produtores precisam fazer para habilitar-se
aos selos de qualidade. Considerada bastante complexa, a PIF exige mais
dos candidatos.
Marco
Antônio Machado, presidente da comissão, conhece de perto o rigor dos
requisitos. Machado ocupa o cargo de diretor- comercial do Grupo Tomita
Itimura, e iniciou recentemente o processo para obter a certificação
como "comerciante orgânico" de uma grande rede nacional de
hipermercados.
Se
obtiver o reconhecimento só poderá comercializar para a rede,
hortaliças, legumes e frutas de produtores orgânicos também
certificados. Estes produtores estão reconhecidos pelo IBD (Instituto
Biodinâmico) e pela Organização Internacional Agropecuária (OIA).
Para
ser comerciante orgânico certificado, o dirigente enfrentou questões
de logística e relativas ao funcionamento do seu packing house (casa de
embalagens), setor de classificação e embalamento de toda produção a
ser distribuída para o varejo. Uma das cláusulas, por exemplo, é
comprovar que não vai haver contaminação do produto orgânico por
produto cultivado de forma convencional. "São requisitos que
exigem algumas modificações nas propriedades" diz Machado. Outra
questão envolve normas de controle e rastreabilidade, como utilizar
produtos químicos de menor toxicidade e menor prazo de carência, e as
anotações de onde foram aplicados, a data de uso, quantidades . Enfim,
de tudo que se refere ao tratamento dado a produção. " É mais
difícil para pequenos produtores", ressalta ao comentar a
exigência de mapeamento de pomares.
Comissão
Técnica esclarece
ferramentas da qualidade
O
encontro de Cornélio Procópio deixou evidente a necessidade de
modernizar produção e apresentação dos produtos
hortigranjeiros. Um dos fatores para a confiança do mercado
consumidor encontra-se na garantia de qualidade. "A
certificação é uma maneira de comprovar e descrever como são
desenvolvidas todas as atividades da propriedade", esclarece
a engenheira Elis.
O
produtor Maurício Valenga, presidente do Sindicato Rural de São
José dos Pinhais, fez um relato e contribuiu com dicas dos
métodos que usa para administrar sua propriedade de
hortifrutigranjeiros. A palestra fez tanto sucesso que ele foi
convidado a apresentar-se em um encontro, no mês de dezembro, na
cidade de Uraí.
Valenga
registra todos os acontecimentos da propriedade e da produção
num caderno de anotações- de gatos e consumo de insumos
agrícolas, ao volume e datas das chuvas e sua programação de
plantio. O agricultor falou aos colegas sobre a importância
destes registros, tanto pela questão de rastreabilidade como para
ter a exata noção de rentabilidade financeira. "Programar e
diversificar a propriedade rural é a saída", declarou.
A
CT elegeu como objetivo do encontro de Cornélio analisar os
procedimentos da certificação e esclarecer as razões para estar
sendo desenvolvido este tipo de trabalho. Os demais palestrantes
foram os agrônomos Maurílio Soares Gomes, da Emater/PR, que
falou sobre o "Andamento da Produção Integrada de Citrus-
PIC"; e Edgar de Oliveira Rosa, sobre "Certificação
Eurepgap"; além de Nívea Maria Vicentini, do Tecpar, sobre
"Certificação Produção Integrada de Frutas – PIF".
O encontro foi concluído com uma visita do grupo à Fazenda
Limeira, do Grupo Tomito Itimura, percorrendo pomar e packing
house. |
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