Ferrugem da soja volta a | |
A ocorrência de focos de ferrugem da soja - detectados na primeira semana de novembro em Mato Grosso e Minas Gerais, abriu a temporada de alerta aos produtores do Paraná. O agronômo Jorge Proença Filho, do Departamento Técnico Econômico da FAEP, avisa sobre a necessidade de constante monitoramento das lavouras para detectar qualquer sinal da ferrugem e adotar rapidamente um plano de combate da praga. "Estamos preocupados", admite, ao falar sobre a possibilidade de eclosão da doença no Paraná. Os últimos focos apareceram em Lucas do Rio Verde (Mato Grosso) e no Município de Água Comprida (Minas Gerais). |
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O Sistema de Alerta da Embrapa Soja tem parceria com o Consórcio Antiferrugem e já registrou sete ocorrências em quatro estados brasileiros. Só um dos focos atingiu lavoura comercial, em Primavera do Leste. Segundo a Embrapa, a maioria dos focos surgiu em áreas de pivô, de soja voluntária e unidades de alerta, após o florescimento. Os cultivos de soja no inverno servem de hospedeiros para o agente da doença sobreviver e se multiplicar. A ferrrugem da soja é causada por um fungo, que o vento espalha rapidamente pelas lavouras, sem respeitar divisas nem fronteiras. O problema é de erradicação difícil, aumentando os custos de produção porque exige altos investimentos para seu combate. A doença afeta a produtividade das plantas e causa prejuízos econômicos nas safras. Um clima favorável, de alta umidade e temperaturas entre 18 e 30 graus centígrados, favorece a disseminação. O principal meio de controle é o monitoramente diário da lavoura para verificar o desenvolvimento ou o ataque do fungo e providenciar. Técnicos da Embrapa Soja dizem que apesar do fungo estar presente isso não garante que ele vá aparecer nas lavouras que estão sendo implantadas. |
Boletim Informativo nº
889, semana de 14 a 20 de novembro de 2005 | VOLTAR |