Federação volta a
pedir isonomia |
A demanda para plantar sementes de soja transgênica no Paraná é maior do que a oferta do produto pelas sementeiras certificadas. A situação poderia ser resolvida se o Governo Federal autorizasse o uso de sementes próprias, reservadas para o plantio. Esta autorização, no entanto, desde 8 de setembro, só foi dada aos agricultores do Rio Grande do Sul, deixando produtores do Paraná e de outros estados inexplicavelmente excluídos do direito de usar sementes reservadas da safra anterior. A FAEP vem alertando o governo sobre o problema há mais de dois meses, e reivindica isonomia no tratamento dado aos produtores brasileiros. Até agora, a reivindicação não foi atendida. Um novo ofício foi enviado em 07/11 ao ministro da Agricultura e à bancada de parlamentares do Paraná em Brasília. Na carta, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, lembra que as 700 mil sacas de sementes certificadas oferecidas no Paraná cobrem apenas 8% da área de plantio (estimada em 4 milhões de hectares). Assim, "o estado corre o risco de não ter o insumo em quantidade suficiente para a futura produção agrícola". Meneguette lembra que 35 mil paranaenses aderiram no ano passado a um abaixo-assinado a favor do plantio de transgênicos – demanda essa que não poderá ser suprida pela baixa produção de sementes certificadas. Por outro lado, a FAEP destaca que o plantio da soja transgênica "será importante nesta safra, em virtude da economia que ela proporciona". "Lembramos que uma extensa região do Paraná atingida pela seca, que provocou grandes prejuízos, continua a enfrentar preços baixos e o problema da escassez dos recursos para financiamento", reiterou Meneguette. Ele pediu empenho dos parlamentares para a autorização do uso das sementes reservadas, a fim de manter produção de grãos e garantir um tratamento isonômico aos estados. |
Boletim Informativo nº
889, semana de 14 a 20 de novembro de 2005 | VOLTAR |