Acordo permite plantio de
arroz em áreas de várzea

Uma decisão conjunta entre o governo do Paraná, Ibama e Ministério Público autoriza os rizicultores a plantar arroz de várzea em 16 mil hectares no ano agrícola 2005/2006. Com isto, o estado produzirá cerca de 86 mil toneladas. Esta garantia foi reiterada pelo vice-governador e secretário da Agricultura Orlando Pessuti, atendendo reivindicação da FAEP e dos sindicatos rurais do Noroeste do Estado.

Produtores e entidades representativas do campo temiam pela proibição de plantio porque, segundo

critérios ambientais, estas lavouras muitas vezes ocupam as chamadas áreas de preservação permanente. Localizadas às margens de cursos de água – rios, lagos, etc -, teriam que ser ocupadas exclusivamente por matas nativas em dimensões diferenciadas, de acordo com a largura do rio.

No acordo ficou estabelecido que o plantio precisará ser autorizado oficialmente e contar com assistência técnica. Enquanto isto, será criado grupo de trabalho envolvendo Universidade Estadual de Maringá, Ibama, Sudersa, Iap e Ministério Público e entidade representante dos produtores. Finalidade: definir projeto de manejo sustentável para as áreas de várzea.

O presidente do Sindicato Rural de Maringá, José Antônio Borghi, observou que, caso a legislação fosse aplicada de forma rigorosa e intransigente, ocorreria prejuízo não só para a economia do Noroeste como também para a política de assentamento na região. O Incra assentou, por exemplo, famílias em áreas de várzea, em Querência do Norte, que responde por mais da metade da produção de arroz irrigado no Paraná.


Boletim Informativo nº 887, semana de 31 de outubro a 6 de novembro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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