Após comemorar em outubro, 10 anos e 5 meses como área livre da febre aftosa, o Paraná vive um momento de alerta. Desde o dia 1o, até 20 de novembro, acontece a segunda etapa da vacinação contra a doença. Alexandre Jacewicz, assessor de agropecuária da FAEP, diz que agora mais do que nunca é necessário que todos os criadores vacinem seus rebanhos. A campanha de vacinação é coordenada pela Secretaria da Agricultura, com apoio do Ministério da Agricultura e do CONESA – Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária. Os pecuaristas devem estar atentos ao prazo de vacinação, sobretudo depois das suspeitas de que haja animais infectados no Estado.

A vacina continua sendo o meio mais eficaz para erradicar a doença. Todos os animais devem ser vacinados. "Houve incidência da doença em animais jovens nos casos que envolveram o Mato Grosso do Sul. Isso porque os produtores esperam para vacinar os animais todos de uma vez nas campanhas anuais, com isso, aqueles que têm até seis meses não receberam a dosagem necessária. O ideal para imunizar a atividade do vírus são quatro doses", afirma Alexandre Jacewicz. Outro fator a considerar, diz ele, é que cada organismo responde de forma diferente à profilaxia e o tempo de eficiência da vacina sofre uma sensível variação de animal para animal. "Vacinem seus rebanhos e aumentem a biossegurança de suas propriedades", recomenda.

Preocupado com a efetiva imunização de todas as regiões do Estado, Gil Renato Abelin, chefe do núcleo da Seab em Londrina, pede para que os grandes pecuaristas ajudem os pequenos. "Muitas vezes o número de doses de um vidro de vacina, é maior que o número de animais do pequeno criador e ele acaba não comprando por causa do alto custo". A CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, vai doar vacinas para comunidades indígenas.

Entre as medidas adotadas para prevenir a entrada do vírus no Paraná, estão a instalação de barreiras sanitárias fixas e 14 barreiras volantes nas pontes que ligam o Estado a Mato Grosso e São Paulo e a revitalização dos 161 Conselhos Municipais e Intermunicipais de Sanidade. O CONESA ainda estuda a possibilidade de desmembramento dos Conselhos Intermunicipais para que cada município possua um próprio. No total seriam criadas 14 novas unidades.

Boletim Informativo nº 887, semana de 31 de outubro a 6 de novembro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná