FUNDEPEC-PR sugere
medidas Veja
abaixo a íntegra do ofício nº 015 /05 do FUNDEPEC-PR, elaborado |
O atual surto de febre aftosa mostrou que não há risco zero em sanidade animal, mas há necessidade de governo e produtores rurais se unirem para reduzir ao máximo os perigos de novas ocorrências. Também é desejável evitar que, na ânsia de evitar a progressão de surtos epidêmicos, sejam adotadas, unilateralmente por estados, medidas exacerbadas que contrariam as normas legais nacionais e internacionais e que se mostram inócuas do ponto de vista sanitário, mas trazem prejuízos e intranqüilidade aos produtores rurais, às ingroindústrias e consumidores. Cremos que, para que haja uma ação eficaz sem exageros há necessidade de uma intervenção rigorosa e pronta das autoridades sanitárias federais, mediando possíveis conflitos estaduais e adotando as medidas corretas. Por outro lado, o Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná – FUNDEPEC-PR, formado por entidades que representam setores do agronegócio do nosso Estado, vem solicitar do Governo Federal tratamento equânime entre os Estados no que diz respeito aos recursos destinados à segurança sanitária e às indenizações pelo sacrifício de animais para debelar surtos de febre aftosa. Outrossim, vimos solicitar que o Governo Federal negocie com os países limítrofes medidas de sanidade animal, principalmente com aqueles cujas fronteiras secas são uma porta de entrada fácil para doenças que podem criar embaraços ao nosso comércio, a exemplo do que já foi realizado em relação à Bolívia, com intervenção conjugada do Ministério da Agricultura, Secretarias da Agricultura de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além das Federações da Agricultura e das Administrações Regionais do Senar. Acreditamos que, com presteza, mas serenidade, é possível reconquistar o nosso status sanitário. Atenciosamente, Wilson
Thiesen
Secretário também criticou reação exagerada de estados A decisão de outros estados brasileiros de suspender a entrada de diversos produtos de origem agropecuária do Paraná, sem qualquer base legal ou técnica, foi criticada em nota pelo FUNDEPEC-PR e também pelo secretário da Agricultura, Orlando Pessuti. Foram erguidas barreiras contra produtos sem nenhuma relação com a febre aftosa – como leites em pó, longa vida e condensado, queijo, requeijão e carne industrializada. "Estão exagerando na dose e isto não parece proibição e sim retaliação", disse Pessuti acerca do embargo comercial imposto por São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. O secretário protestou junto aos colegas dos outros estados de que estas decisões foram arbitrárias, não encontrando respaldo nem no Centro Panamericano de Aftosa e nem na Organização Internacional de Epizootias, institutos que definem os critérios técnicos sobre a questão em escala mundial. "Tem que prevalecer o que determina a lei e não imposições injustas e sem embasamento técnico", comentou. Dos 19 animais com sintomas de febre aftosa, 12 estão numa propriedade rural de Grandes Rios, três em Loanda, igual número em Amaporã e um em Maringá. Por precaução, a defesa sanitária animal da Secretaria da Agricultura interditou 70 propriedades rurais que receberam gado matogrossense nos últimos dois meses, num total rastreado de 1.994 cabeças. Foram suspensos, também, leilões, exposições, rodeios e demais atividades que possam contribuir para a eventual disseminação do vírus sobre o rebanho de 10,5 milhões de bovinos paranaenses. Em Toledo, os 635 bovinos que participavam de exposição foram colocados em quarentena até a divulgação dos resultados dos exames laboratoriais dos 19 animais sob suspeição. Entidades
que fazem parte do FUNDEPEC-PR:
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Boletim Informativo nº
887, semana de 31 de outubro a 6 de novembro de 2005 | VOLTAR |