Recomendações frente ao foco
de aftosa em Mato Grosso do Sul

Todos têm de tomar um cuidado muito grande,
durante e após as visitas nas propriedades rurais

Os produtores rurais e demais envolvidos no agronegócio das regiões próximas às divisas de Mato Grosso do Sul, de São Paulo, de Santa Catarina e da fronteira com o Paraguai devem adotar medidas de vigilância e acatar as recomendações dos serviços sanitários, como abaixo aparece:

  • Não viajar para a região onde ocorre o foco de febre aftosa, para evitar o contato com o vírus;

  • Se realmente tiver a necessidade de lá comparecer, deve adotar as seguintes precauções:

  • Durante visitas às propriedades contendo animais suscetíveis a febre aftosa, se possível, utilizar guarda pó e botas plásticas descartáveis ou de borracha;

  • Evitar entrar em contato com animais vivos e subprodutos;

  • Ao regressar para o hotel, no final do dia, fazer uma limpeza cuidadosa dos sapatos e, se for necessário, de toda a roupa utilizada de dia;

  • Tomar um banho cuidadoso, com atenção especial à pele e ao cabelo;

  • Evitar consumir produtos de origem animal nas propriedades;

  • Não trazer estes produtos na bagagem;

  • Se houver barreiras sanitárias nas propriedades, nos terminais rodoviários, aeroportos e fronteiras, obedecer todas as instruções das autoridades sanitárias.

Desta forma, todos têm de tomar um cuidado muito grande, durante e após as visitas nas propriedades rurais. Sob condições normais de temperatura, umidade e, dependendo do local onde se deposita, o vírus conserva-se muito bem e por tempo suficiente para "viajar" de um país para outro.

Fontes de infecção da febre aftosa
  • Contato com animais infectados;
  • Aerossóis provenientes de animais infectantes distantes;
  • Contato com objetos contaminados;
  • Ingestão de alimentos contaminados: leite, sangue, glândulas, ossos, couro e outros;
  • Pessoas: ar expirado, mãos, calçados e outros;
  • Inseminação artificial: sêmen infeccioso;
  • Produtos biológicos contaminados;
  • Vetores: animais não hospedeiros e pássaros;
  • Artrópodes e parasitos;
  • Veículos de qualquer tipo que transitam entre propriedades, fronteiras e divisas;
  • Bioterrorismo.

A seguir, aproximadamente, o tempo de sobrevida do vírus:

Na pessoa:
Pele e Mucosas (fossas nasais e faringe) de 24 a 48 horas

Nas roupas:
de algodão - 63 a 68 dias
de seda ou linho - 03 a 14 dias
sapato de couro - 30 a 35 dias
botas de borracha - 102 dias

Em laticínios:
queijo - 21 a 120 dias
manteiga - 45 ou mais dias
leite cru - 26 a 45 horas

Em Produtos da Carne:
carne suína - 4 a 6 dias
carne bovina (- 4ºC) - 73 dias.

Em sua Região:

  • Não facilite a visita de pessoas (mesmo conhecidas) às instalações de sua propriedade;

  • Atenda as recomendações de seu responsável técnico em relação a biossegurança em sua propriedade;

  • Muito cuidado com os veículos transportadores de animais vivos. Todos os veículos devem ser lavados e desinfetados antes de receberem nova carga;

  • Denuncie às autoridades sanitárias a presença e movimentação de veículos suspeitos de contrabando de animais e produtos de origem animal;

  • Não compactue com o abate clandestino;

  • Não transporte e nem receba animais desacompanhados da GTA;

  • Incentive a identificação e a rastreabilidade dos rebanhos.

Alexandre A. Jacewicz
Médico Veterinário - Assessor de Pecuária


Boletim Informativo nº 886, semana de 14 a 30 de outubro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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