Programa Agrinho inicia avaliação
de trabalhos nesta semana

Material enviado à banca examinadora registra resultados do
trabalho conjunto de professores e alunos que envolve também a participação de familiares e comunidade local

A partir da próxima semana as bancas compostas por especialistas nas áreas de abrangência do Programa Agrinho começam a avaliar projetos de experiências pedagógicas, redações e desenhos desenvolvidos nas escolas de educação infantil, ensino fundamental e educação especial da rede pública do estado. O concurso promovido anualmente pelo programa premia trabalhos de estudantes, professores, escolas, municípios e núcleos regionais de educação. Os temas abordados são Saúde, Meio Ambiente, Cidadania e Trabalho e Consumo.

Os trabalhos enviados à sede do SENAR-PR passam por triagem onde são selecionados por


Agrinho e sua irmã Aninha são os principais porta-vozes
do programa que completa 10 anos

regionais e atendimento a critérios técnicos como ofício de encaminhamento (no caso de redações e desenhos) e atendimento ao tema proposto e prazo de postagem. O material irregular é descartado, em média 10% dos trabalhos. O restante será avaliado nos 15 dias de trabalho da banca examinadora. Avaliações individuais e discussões em conjunto compõem o dia-a-dia de trabalho da equipe, que por fim define a classificação dos trabalhos nas categorias regional e estadual. A expectativa é receber em torno de mais de 3 mil trabalhos. Na opinião da equipe técnica responsável pelo programa, o trabalho de avaliação exige cada vez mais discussão, já que o nível dos trabalhos é bastante uniforme. Outro aspecto do concurso destacado por



Concurso anual funciona como indicador do trabalho
feito em campo

Antonia Schwinden, responsável editorial pelo material didático de apoio, é a resposta que a equipe obtém por meio dos trabalhos: "Procuramos acompanhar muito atentamente o retorno que temos nos concursos, o quê as crianças estão aprendendo de fato e o quê podemos melhorar no material".

Há dez anos, o Agrinho foi a campo com a preocupação de fornecer informações que contribuíssem para a saúde da família rural e a preservação do meio ambiente. A tarefa de preparar a criança para se tornar um adulto responsável levou a campo um trabalho que procurou aliar aquisição de conhecimentos à prática de atitudes éticas. Em dez anos de atividade o programa

cresceu. Iniciou como projeto piloto em cinco municípios. Os quatro temas são abordados de maneira transversal, permeando as disciplinas curriculares. Atualmente o programa está presente na maioria dos municípios do estado, atendendo a mais de 1,5 milhão de crianças.

 

Equipe do Programa Agrinho
parabeniza crianças e professores


Projetos de experiência pedagógica extrapolam os
limites da escola

A coordenadora pedagógica do programa, Patrícia Lupion Torres, aproveita a semana em que se comemora o Dia das Crianças e Dia do Professor para destacar um aspecto do programa que o acompanhou desde sua formatação. "O Agrinho é um programa que contempla os dois lados do processo ensino-aprendizagem", explica Patrícia ressaltando que a preocupação é tanto com quem aprende quanto com quem ensina. Principal argumento para tal informação é uma estrutura que envolve um corpo de especialistas na elaboração do material de professores e alunos distribuído para todo o estado. Para se ter uma idéia, somente neste ano foram entregues a estudantes, mais de um milhão e seiscentas mil cartilhas do programa.


   Mara Duarte é gerente de ensino no município de Arapongas. É o primeiro ano que ela trabalha na coordenação dos trabalhos relacionados ao Agrinho e fala com entusiasmo do resultado dos trabalhos na área de meio ambiente: "Foi feito desfile de roupas com material reciclável, plantio de mudas, separação de lixo, levantamento dos pássaros em extinção, entre outros". Para a professora, a questão mais importante é a conscientização: "A gente procura mostrar que eles vão construir a casa onde vão morar, que é o mundo em que vivemos". Ela observa que mesmo a adesão ao programa sendo voluntária, a maior parte das escolas participa: "É sinal de que gostam e se sentem motivados".



  A Secretária de Educação do município de Piên, Zandaira Salete Cavagnolli Schauz, acompanha o programa desde o início e assiste aos resultados em sua cidade: "A gente vê o grande crescimento do aluno", diz Zandaira, frisando que no caso dos professores, representa uma oportunidade de formação continuada e motivação para busca de novos conhecimentos. Na opinião dela, além de alvo do programa, professores e alunos são os grandes beneficiados: "Os professores conseguem transformar os conteúdos curriculares em aprendizagem significativa".


Boletim Informativo nº 884, semana de 10 de 16 de outubro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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