Manejo correto assegurará coexistência de lavouras
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Klaus Ammann, diretor do Jardim Botânico de Berna, na Suíça, também destacou-se no IV Congresso Brasileiro de Biossegurança, da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) em Porto Alegre, pelas críticas à ongs de meio ambiente e defesa da coexistência de convencionais, orgânicos e transgênicos. ‘’As ONGs são corruptas, não são transparentes e não têm nada de democráticas. Elas manipulam os números e as pesquisas de acordo com suas conveniências e fazem terrorismo, assustando aqueles que não entendem de ciência e agricultura’’, diz. |
O cientista suíço diz que a coexistência entre produtos modificados e convencionais é possível desde que haja manejo adequado das culturas. Pesquisas realizadas com milho, soja e algodão na Europa ( experimentos da Espanha, Alemanha e Suíça), Ásia e África não mostraram contaminação das culturais tradicionais pelos transgênicos, nem danos ao meio ambiente. Para
Ammann, a questão do fluxo gênico (interferência genética, troca
entre populações e espécies) tem de ser avaliada caso a caso, de
cada tipo de cultura e região, principalmente, do tamanho da área
cultivada. No caso do Brasil, a preocupação deverá ser menor por se
tratar de um País de agricultura de larga escala. A Alemanha e a
Suíça já dispõem de pesquisas sobre a convivência de lavouras
convencionais e transgênicas, sem que tenha havido fluxo gênico.
Conforme Ammann, as questões a serem discutidas pelos brasileiros
são o avanço da agricultura mecanizada sobre as áreas de florestas,
o manejo inadequado do solo nos plantios convencionais e o uso
excessivo de agrotóxicos. ‘’Estes sim, são problemas que afetam
muito mais a biodiversidade do que os transgênicos’’, afirma. | |
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Boletim Informativo nº
883, semana de 3 de 9 de outubro de 2005 | VOLTAR |