Transgênicos aumentam
a renda
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Novo estudo vem contribuir para destacar a biotecnologia como uma grande aliada do produtor rural. Matéria publicada pelo jornal Folha de Londrina (27) traz as afirmações do economista inglês Graham Brookes sobre a adoção de lavouras transgênicas que ajudam a diminuir o uso de agroquímicos. Brookes diz que vão aumentar os mercados compradores de produtos geneticamente modificados enquanto cairá drasticamente o número de países consumidores de grãos cultivados pelo sistema convencional. O economista é de opinião que a maioria das organizações não- governamentais (ONGS) deveria ser favorável à pesquisa de produtos geneticamente modificados. As declarações vêm ao encontro das conclusões da Comissão Técnica de Grãos e Financiamento da Produção, que no primeiro semestre de 2005 foi conhecer a situação da agricultura da Argentina, dos transgênicos e da cobrança de royaltes no país vizinho. Segundo dados obtidos na visita, a adoção da soja transgênica gerou um benefício avaliado em US$ 9 bilhões à cadeia da agricultura da Argentina entre 1996 e 2004. O estudo aponta os produtores agrícolas como os maiores beneficiados pela biotecnologia, ficando com 82,04% do valor estimado, o equivalente a US$ 7,3 bilhões. Diretor da Consultoria PG Economics, especializada em pesquisas de impacto ambiental e econômico da tecnologia na agricultura, Brookes esteve no Brasil semana passada e antecipou os resultados do estudo ‘’Lavouras GM: Impactos econômicos e ambientais globais - Os primeiros noves anos, de 1996 a 2004'’. O economista falou na abertura do IV Congresso Brasileiro de Biossegurança e IV Simpósio Latino-Americano de Produtos Transgênicos, em Porto Alegre (RS), dois debate promovidos pela Associação Nacional de Biossegurança (Anbio). O estudo, elaborado em conjunto com Peter Barfoot será apresentado integralmente dia 11 de outubro, em Londres (Inglaterra). Para o especialista inglês, os produtos geneticamente modificados aumentam lucros e diminuem risco ambiental. ‘’Desde 1996, a adoção de lavouras biotecnológicas tem contribuído para a redução da emissão de gases de efeito estufa na agricultura, além de ter reduzido o uso de agroquímicos’’. Brookes confirma que produtores de países que adotaram a biotecnologia no campo, como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, alcançaram rendimentos agrícolas significativos ao longo dos 10 últimos anos e, ao mesmo tempo, reduziram os impactos ambientais associados às práticas agrícolas, o que tem beneficiado assim todos os cidadãos.’ Foi refugada a possibilidade dos transgênicos provocarem danos à saúde, por ser a biotecnologia um dos setores mais estudados dos últimos anos. Dizendo acreditar nas pesquisas e no desenvolvimento da ciência, Brookes considera o sucesso do agronegócio brasileiro o fruto de investimentos em tecnologia na agropecuária, com objetivo de maior produtividade e a redução dos custos de produção. A tecnologia é essencial para que o produtor consiga competir no mercado internacional, diz. Para
ele, a União Européia deve reduzir a exigência de 15% de produtos
convencionais importados, uma vez que os europeus não devem querer
pagar mais pela soja convencional. Brookes defende o princípio dos
agricultores cultivarem livremente as culturas que queiram, sejam
transgênicas, convencionais ou orgânicas. O principal seria avaliar
o custo/benefício para os produtores e consumidores. | |
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Boletim Informativo nº
883, semana de 3 de 9 de outubro de 2005 | VOLTAR |