Pequena
propriedade
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Empreendedor
Rural concilia
produção de leite e aviário
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João Sozuchi Kawabata
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A
experiência de sete anos de trabalho no exterior deu a João
Sozuchi Kawabata uma visão diferenciada na administração de
sua propriedade de 12 hectares em Ubiratã, no centro-oeste do
estado. "Aqui no Brasil muitos dizem que não se consegue
sobreviver na agricultura em propriedades pequenas. Trabalhei
sete anos no Japão e via que lá todas as propriedades são
pequenas e os agricultores sobrevivem", comenta. Com isso
em mente, quando voltou ao Brasil, o produtor decidiu se dedicar
à propriedade. Ele lembra que a meta era viabilizar o local e
diz que até o momento está satisfeito com os avanços obtidos.
Uma
das preocupações de Kawabata era não concentrar todos os
esforços e recursos em uma única atividade para não ficar
tão dependente das oscilações de mercado, doenças que podem
afetar a produção, entre outros fatores.
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Por
isso, com um aviário que tem capacidade para 18 mil frangos
implantado, ele começou a buscar alternativas. Em 2003,
participou da Fase um do Empreendedor Rural, programa que
segundo ele "ampliou seus horizontes".
Nasceu
a idéia de desenvolver um projeto na área de bovinocultura de
leite. "Achei que o gado leiteiro era apropriado porque a
pessoa que trabalha no aviário tem tempo de cuidar disso
também", diz João enfatizando que a atividade funciona em
sistema de piquetes. De acordo com o cronograma a primeira etapa
do projeto deve estar implantada até 2006, prazo que na
prática está sendo antecipado. "O projeto é para 12
cabeças na ordenha, já temos nove. Só não há produção
ainda porque as novilhas vão dar cria no início do próximo
ano", explica. A meta é dar início à produção a partir
de março. A casa de ordenha com resfriador, sala de espera e
ordenhadeira já estão prontas para uso. Kawabata conta com a
ajuda do filho e de um funcionário. O produtor também cultiva
frutas e cereais que comercializa no mercado local. |
Após
o término da Fase um do PER, o produtor procurou fazer
cursos de formação profissional rural. Foi nesse período
que fez os cursos de Administração rural, Escrita rural e
Informática básica, curso de Bovinocultura de leite e
Inseminação Artificial, participando atualmente da Fase
três do PER. "Hoje se o agricultor não trabalhar como
um administrador de empresas, não sobrevive", diz,
destacando também o incentivo que a Fase três do PER dá
ao associativismo, segundo ele, o caminho certo para os
pequenos produtores.
João Kawabata está
participando do Fórum Futuro 10 Paraná e conta que um dos
aspectos discutidos é o êxodo rural. Nesse sentido,
defende a proposta dos cursos do SENAR-PR que trabalham
tanto a questão de qualificação técnica quanto de
gestão do agronegócio. Acredita que a solução para
diminuir o êxodo é investir em infra-estrutura que permita
que o jovem do campo se profissionalize. "É
fundamental, sem qualificação eles não conseguem se fixar
no campo". |
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