Aconteceu
no dia 14 de setembro, no Sindicato Rural de Londrina, o
Workshop "Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e
Fixação de Carbono – Opções para o Produtor Rural." A
iniciativa do Sindicato Rural trouxe quatro especialistas no
assunto para discutirem as aplicações do mercado de carbono
com produtores rurais da região.
O
engenheiro químico Rômulo Viel, coordenador de projetos do
TECPAR, explicou conceitos básicos sobre o que é o MDL e as
origens do Protocolo de Kioto, além de apresentar a estrutura
organizacional criada para avaliação de projetos. A engenheira
agrônoma Dalziza de Oliveira, do IAPAR de Londrina, aprofundou
a conversa em torno de que tipos de projetos são elegíveis ao
mercado de carbono e como o meio rural no Brasil pode se
beneficiar do MDL.
A
EMBRAPA esteve presente, representada pelo engenheiro agrônomo
Décio Gazzoni, que é pesquisador em bioenergia. Gazzoni falou
sobre as possibilidades do Brasil com relação aos
biocombustíveis, especialmente as opções técnicas de
produção de biodiesel.
Amauri
Ferreira Pinto, engenheiro agrônomo da EMATER, coordenador do
Projeto Madeira, trouxe aos produtores aspectos técnicos e
econômicos sobre a produção florestal e sua aplicabilidade
como alternativa rentável de uso da propriedade rural.
Projetos
que já estão em processo de certificação foram discutidos,
como a captação do metano proveniente de criações animais.
Também a elegibilidade de projetos envolvendo recuperação de
Matas Ciliares e Áreas de Reserva Legal foi abordada, revelando
grande indefinição que ainda persiste quando se trata de
projetos de "sequestro de carbono".
Os
produtores tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e
compreender melhor o nascente mercado de carbono. Também foi
levantada a importância da atuação das entidades rurais,
Cooperativas, Sindicatos, Federações e a CNA, no sentido de
trabalhar junto ao Governo Federal viabilizando a elegibilidade
de projetos do meio rural ao mercado de carbono. |