Refinanciamento com recursos
do FAT não atendeu produtores



Em junho produtores rurais de todo 

o país foram a Brasília reivindicar

medidas de apoio ao campo

A liberação de R$ 3 bilhões foi a única medida reivindicada pelo Tratoraço já implementada. No entanto, o FAT Giro Rural foi considerado um fracasso. A linha de crédito, que utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, tem a finalidade de permitir que produtores rurais e cooperativas de todo o país refinanciem suas dívidas com os fornecedores de insumos na safra 2004/2005. Acontece que há vários entraves que não permitiram que o plano de refinanciamento funcionasse na prática. Dados fechados pelo Banco do Brasil em agosto registram uma demanda de apenas 9% dos recursos, cerca de R$ 270 milhões.

De acordo com o plano, os encargos financeiros são de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP ), mais 4% ao ano, cerca de 13,75% ao ano. Destes, o produtor ou cooperativa arcariam com 8,75%, enquanto os fornecedores arcariam com5%, ônus que as indústrias não aceitam assumir. Outro ponto de divergência é que, no processo, o fornecedor de insumos se transforma em avalista da dívida do produtor rural.

Além disso, a análise de crédito pelo Banco do Brasil vem demonstrando que algumas empresas estão com seus limites de crédito tomados. Há casos em que o limite é ampliado, mas as empresas não conseguem apresentar as garantias exigidas e outros em que o acesso à linha não é concedido por problemas no cadastro dos produtores. Diante de tantas dificuldades, o BB estuda uma nova forma para o refinanciamento das dívidas. O novo plano deve se chamar Vendor Rural mas não há ainda uma data definida para seu lançamento.


Boletim Informativo nº 882, semana de 26 de setembro a 2 de outubro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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