O
relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos trazendo o quadro de oferta e demanda mundial
para a safra 2005/06, provocou queda imediata nas cotações na
Bolsa de Chicago. Tal aconteceu porquanto as estimativas da
safra norte-americana de soja foram reavaliadas para cima,
passando de 75,9 milhões de toneladas do relatório de agosto
para 77,7 milhões de toneladas (+1,87 milhão de toneladas).
Estes números surpreenderam o mercado haja vista os problemas
climáticos ocorridos na principal região
produtora. Área
plantada de 29,6 milhões
de hectares e área colhida prevista em 29,2 milhões de
hectares.
A
produtividade média passou de 2.600 kg/ha para 2.661 kg/ha. O
estoque norte-americano passou de 4,9 milhões de toneladas para
5,58 milhões de toneladas e as exportações foram reajustadas
para 30,3 milhões de toneladas.
O
USDA prevê uma produção de 216,7 milhões de toneladas contra
216,8 milhões de toneladas do relatório de agosto. A safra
mundial de soja não apresentou maiores alterações, ficando
praticamente estável em face da revisão da safra brasileira
que passou de 62 milhões de toneladas para 60 milhões de
toneladas.
O
consumo mundial passou para 215,2 milhões e as exportações
mundiais estimadas em 67,7 milhões de toneladas contra 66,8
milhões de toneladas previstas em agosto. Os estoques mundiais
foram reduzidos de 48,3 milhões para 44,9 milhões de
toneladas. A relação estoque/consumo mundial ficou em 20,8%.
Com
relação ao Brasil, além da revisão da produção mencionada,
as exportações foram reavaliadas para 22,5 milhões de
toneladas, sinalizando perda de espaço no mercado mundial. Os
estoques finais passaram de 18,4 milhões para 17,3 milhões de
toneladas.
Para
a Argentina, a produção foi mantida em 39 milhões de
toneladas, o esmagamento passou para 27,6 milhões de toneladas,
as exportações passaram de 8,7 milhões de toneladas para 9,4
milhões de toneladas e estoques finais estimados em 17,3
milhões de toneladas contra 18,4 milhões de toneladas do
relatório anterior.
A
projeção de preços para a safra 2005/06 anteriormente
prevista entre US$ 12,13 a US$ 14,33/saca foi revisada para US$
11,36 a US$ 13,34/saca. Os contratos para o primeiro vencimento,
setembro/05, fecharam na quarta-feira em US$ 12,56/saca. Os
contratos para a segunda posição, novembro/05, fecharam em US$
12,79/saca. |