Deputada Cida Borghetti apresenta pedido em nome da Assembléia Legislativa do Estado com maior número de segurados da região

Senador Álvaro Dias diz que "obviamente as 52 agências do INSS não seriam suficientes para atender a contento a demanda superior a 1,3 milhão de atendimentos no Estado"

Nem todas as alterações geradas pela nova estrutura da Previdência Social agradaram. No Paraná, a extinção da Superintendência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) não foi bem recebida e esbarrou na mobilização do sistema sindical FAEP e do Parlamento, para que o Estado não perca a condição de centralizar a representação do setor, uma vez que detém grande volume de benefícios.

O senador Álvaro Dias manifestou sua preocupação com a mudança ao ministro da Previdência, Nelson Machado. Para Dias, "obviamente que 52 agências do INSS não seriam suficientes para atender a contento a demanda do Estado, que conta hoje com mais de 1,3 milhão de atendimentos". O senador faz um apelo para que o Governo Federal reconsidere a decisão, pedindo " para envidar todos os esforços possíveis a fim de manter a estrutura do órgão no Estado, de sorte que os contribuintes e segurados ali estabelecidos não sejam penalizados".

Em nome da Assembléia Legislativa, a deputada Cida Borghetti protocolou pedido ao Governo Federal, em que defende o restabelecimento e a manutenção da Regional Sul do INSS no Paraná. Remetido ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro da Previdência Social, o ofício enfatiza que o Estado possui número maior de segurados do que Santa Catarina, para onde o Governo Federal quer a nova regional.

Também os deputados estaduais Barbosa Neto – líder do PDT-, e José Domingos Scarpellini- do PSB, dão apoio à reivindicação da FAEP. Conforme Scarpellini "contra o Decreto- Lei nº 5513, que subordinou nossa unidade ao Estado de Santa Catarina, que tem o menor número de benefícios da região". Scarpellini informa ainda ter encaminhado a mensagem a deputados e senadores das duas Casas do Congresso Nacional com o objetivo de reverter a decisão.

A FAEP não critica a remodelação do sistema previdenciário oficial, mas insiste na necessidade do Paraná continuar sede do instituto previdenciário em função de sua importância como sede administrativa de órgãos como a 9ª Região Fiscal Paraná – Santa Catarina, da Receita Federal.