| Espaço do |
Projeto de piquete
rotacional
garante pastagem na estiagem
Os empreendedores Orlando e Simone com o filho, vista da propriedade e de um
dos piquetes
Há pouco mais de quatro anos Orlando e Simone de Paula trocaram a cidade de Londrina pela propriedade rural da família em Rondon. Quando chegaram ao local sabiam que tinham pela frente o desafio de melhorar o nível tecnológico da principal atividade da fazenda, a pecuária. "A gente já tinha a idéia de trabalhar com piquete rotacional, mas não sabíamos exatamente como fazer", comenta Orlando.
O casal lembra que foi a partir de 2001 que passou a ter maior contato com as ações do Sistema FAEP. Em 2004, por intermédio do Sindicato Rural local, participou do Programa Empreendedor Rural, durante o qual os dois desenvolveram o Projeto de piquete rotacional. "A assistência em relação à viabilidade, engenharia e custos do projeto, foi o Empreendedor Rural que deu", afirmam.
A primeira etapa (ou módulo) do projeto estabelece o preparo de oito piquetes em uma área de 18 alqueires, cada um com aproximadamente 2 alqueires e meio, além de uma "praça de alimentação" com bebedouro e cocho de sal. "Os oito piquetes começam e terminam na praça", explicam os autores do projeto. Todas as manhãs, o gado, que passa a noite confinado para evitar pisoteamento nos piquetes, é solto no pasto. Considerando-se que o gado fica de 3 a 4 dias em cada piquete, há um intervalo de pelo menos 24 dias até que se reinicie o ciclo no primeiro piquete. Além disso, os produtores contam com uma reserva de dois alqueires de cana-de-açúcar, que em longos períodos de estiagem é utilizada para complementar a alimentação do rebanho. "Quando é necessário, usamos cana picada, não triturada, na praça de alimentação", explica Orlando. Os 18 alqueires de piquete abrigam 246 cabeças de gado de pequeno, médio e grande porte.
Os produtores ressaltam que os piquetes são fechados com cerca elétrica: "O custo é baixo, o sistema é alimentado por uma bateria de 12 volts, isso tudo para economizar energia", comenta o produtor. O investimento no sistema foi de R$ 6 mil.
A
meta é seguir o mesmo modelo de piquetes, numa segunda etapa em uma área
de 10 alqueires e na terceira etapa fechando outros 24 alqueires. A
implantação total do projeto está prevista para setembro de 2006.
Para Simone, o Empreendedor Rural representou um novo ânimo no trabalho do casal: "Hoje a gente faz tudo de acordo com o curso. Nós só estamos na atividade porque o curso nos deu esperança de viabilidade na pecuária", destaca a produtora e complementa: "Estamos em época de seca e nosso gado está gordo graças aos resultados do projeto. Na região toda o gado está magro. Com esse projeto a gente consegue ter controle e lucro mesmo em época de seca".
Boletim
Informativo nº 880, semana 5 a 11 de setembro de 2005 | VOLTAR |