O senador Eduardo Suplicy solicitou que ministro da Controladoria Geral da União, Waldir Pires, verifique as denúncias de irregularidades no Porto de Paranaguá para que sejam tomadas as providências cabíveis. Suplicy encaminhou ao ministro um dossiê, preparado pela Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), reunindo uma série de irregularidades da administração do porto evidenciadas em documentos do Governo Federal (Ministério dos Transportes), ANTAQ, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado do Paraná, CPI da Assembléia, Ministério da Marinha, Receita Federal, Conselho de Autoridade Portuária-CAP e por instituições privadas.

Ao contrário do que é divulgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) e pelo Governo do Estado, a FAEP e a bancada de deputados federais do estado não quer a federalização do porto, mas uma intervenção, por 90 dias, para que se faça uma auditoria e se corrijam os desmandos administrativos.

No dia 19 de agosto o Porto de Paranaguá foi fechado por falta de segurança para a navegação, depois que bóias inadequadas foram deslocadas por um vendaval. A empresa contratada pela APPA para fazer a manutenção sequer tinha um rebocador com capacidade para içar as bóias. O serviço teve que ser feito pela praticagem e pela Capitania dos Portos, com apoio dos bombeiros e custos arcados pelos operadores portuários e armadores.