Vem aí uma auditoria externa sobre a rastreabilidade

 

Na primeira quinzena de setembro, a cadeia produtiva da carne bovina brasileira vai receber a visita de auditores da União Européia com a missão de aferir o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (SISBOV). Entre os estados a serem visitados está o Paraná, em que estão previstas uma ida a Paiçandu – para visitar o matadouro frigorífico de bovinos sob o SIF 1163-, e uma propriedade rural. Em Maringá, será visitado o matadouro frigorífico, também de bovinos, sob o SIF 1778, além da unidade veterinária local (SEAB), três propriedades rurais e uma revendedora de vacinas.

Em Apucarana, a delegação irá a um matadouro de equídeos sob o SIF 55 e à Unidade Regional Veterinária. E, finalmente, em Londrina, a visita será a uma das certificadoras credenciada pelo SISBOV. Durante a auditoria nas indústrias de carnes (Inspeções Federais), os auditores escolherão aleatoriamente propriedades que remeteram bovinos rastreados para o abate naqueles abatedouros para, na seqüência, irem até elas fazer a conferência se foram cumpridos todos os procedimentos, conforme o que dita o SISBOV.

Assim:

  • examinarão o termo de adesão e compromisso assumido junto a certificadora;

  • farão a averiguação se os elementos de identificação (brincos) realmente foram colocados nos animais;

  • verificarão se as planilhas estão corretamente preenchidas com o número do SISBOV e demais informações;

  • farão a análise se a comprovação documental de origem registra com fidelidade as entradas de vacinas, medicamentos, herbicidas, etc.;

  • examinarão se a movimentação dos animais através das GTAs (Guia de Trânsito Animal) e do DIA (Documento de Identificação Animal) está perfeitamente registrada;

  • verão se as mortes dos animais e as movimentações foram comunicadas à certificadora;

  • verificarão se foi cumprida a inclusão dos animais nascidos, no cadastro do SISBOV;

  • auditarão o cumprimento da legislação sanitária;

  • comprovarão se as planilhas referentes ao manejo sanitário e outros registros estão atualizados.

Os pecuaristas que venderam seus novilhos, identificados e constantes na Base Nacional de Dados, aos matadouros frigoríficos de Paiçandu e Maringá, deverão ter em mãos todos os documentos para comprovar que cumpriram todos os pontos exigidos pelo SISBOV.

Em caso de dúvidas, devem solicitar à certificadora a presença de um representante em sua propriedade para a orientação correta.

Alexandre A Jacewicz

Médico Veterinário - Assessor de Pecuária


Boletim Informativo nº 878, semana de 22 a 28 de agosto de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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