Desde a madrugada do dia 14, cerca de 150 invasores do MST ocupam uma área de preservação ambiental às margens do Rio do Valinho, no município de Luiziana, Região Centro-Oeste. Os invasores alegaram que a área foi cedida por um fazendeiro da região, mas o prefeito de Luiziana, José Cláudio Pol, diz que pessoas que moravam no local já foram transferidas dali porque a área é de preservação ambiental. A informação é do jornal Gazeta do Povo.

Mais 300 famílias de sem-terra eram esperadas para chegar nos próximos dias no local, afirmam lideres do movimento. No Oeste do Paraná, o proprietário da fazenda Formiga, Gerson Formighieri, aguarda o cumprimento da reintegração de posse da área, ocupada por aproximadamente 200 famílias do MST. A liminar de reintegração da área foi concedida no mesmo dia pela Comarca de Medianeira. Os sem-terra, porém, recusaram receber a liminar das mãos dos oficiais de Justiça.

Formighieri tem esperança de que a determinação judicial seja cumpridanos próximos dias. A propriedade, que fica entre os municípios de Missal e Ramilândia, está em negociação com o governo federal para fins de reforma agrária. Formighieri disse que a negociação estava praticamente encerrada, incluindo até o número de agricultores beneficiados – 206 famílias da região.

A fazenda Formiga, de 1.132 hectares, foi ocupada 13 de agosto, quando grupos de sem-terra de vários acampamentos do Oeste avançaram até a sede. Eles fizeram os funcionários reféns por algumas horas, segundo informações da Polícia Militar e do próprio proprietário. Nenhuma liderança do MST foi encontrada para falar sobre a ocupação da fazenda Formiga.