Congresso em Foz do Iguaçu vai
debater combate a sementes ilegais

Será realizado entre 22 e 26 de agosto em Foz do Iguaçu o XIV Congresso Brasileiro de Sementes, uma promoção da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, com apoio do Ministério da Agricultura, CNPq e Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM).

Realizado a cada dois anos, o encontro tem o patrocínio da EMBRAPA, do Banco do Brasil e da Fundação Meridional e Rizobacter Argentina. O tema deste ano é a "Semente Pirateada: Agricultura Penalizada", para alertar sobre os riscos   e conseqüências  do  uso  de  sementes

pirateadas e contrabandeadas. A expectativa é de participação de representantes da agroindústria nacional e pesquisadores do Brasil, Venezuela, Peru, Paraguai, Argentina, México, para discutir a produção de sementes de forma sustentável.

O presidente do Congresso e da ABRASEM, Ywao Miyamoto, explica que o Paraná ocupa hoje a posição de maior produtor no Brasil. Utiliza cerca de 80% de sementes do sistema de produção, com 40 laboratórios de análises para atender o setor, além de um sistema bastante harmonioso entre cooperativas e produtores autônomos. Contudo, a aquisição e o uso de sementes ilegais, piratas ou informais em grande escala, podem desestimular a criação e o desenvolvimento de novas e melhores variedades e prejudicar a produtividade nacional

Uma estimativa recente indica que 40% das sementes de algodão e 35% das sementes de soja utilizadas pelos agricultores brasileiros provêm hoje do comércio ilegal, e deixam a desejar quanto aos padrões de qualidade e sanidade, após burlar a fiscalização dos órgãos competentes.

As ilegais contribuem para disseminar doenças, ervas daninhas e pragas, assim como toxinas de risco a saúde dos consumidores.