No Paraná o aumento é de até |
Resultados excepcionais mostram que o sistema de integração lavoura- pecuária é o futuro da atividade agropecuária, afirma o professor Aníbal Moraes, do Curso de Agronomia da Universidade Federal do Paraná, após 6 anos de experimentos no Estado. O produtor não tem como sustentar uma safra malsucedida, ressalta, uma vez que hoje não basta somente a atividade agropecuária para assegurar o sucesso da atividade. Mais: a integração lavoura- pecuária desenvolve-se por meio de plantio direto, sistema econômica e ambientalmente correto por proteger os nutrientes e alimentar o solo. Muitas vezes não há nem mesmo a necessidade de se fazer a semeadura da pastagem. “Pode ocorrer a semeadura natural, a brota espontaneamente, o que elimina o custo da semente e dos equipamentos para plantar”, explica Moraes. A UFPR mantém campos de experimento em fazendas de três regiões paranaenses. O mais antigo, de recria e terminação de gado de corte, fica na região de Guarapuava, funcionando em parceria com a Cooperativa Agrária. Há outra unidade de estudos em Campo Mourão, em parceria com a cooperativa COAMO e o Iapar, que recebe apoio financeiro da Syngenta, sobre terminação de gado de corte. O último localiza-se em Castro, em conjunto com a Cooperativa Castrolanda, Fundação ABC e Instituto Cristão, instalado há 3 anos, com objetivo de reduzir os custos de produção de leite. Conforme os estudos, é promissor o efeito sobre a pecuária de corte e leite. Segundo a UFPR, com o sistema integração lavoura-pecuária os ganhos ficam entre 600 e 800 quilos de ganho por hectare. Em se tratando de pecuária, os ganhos chegaram a 1.600 quilos de peso vivo/animal, quando a rentabilidade média costuma estar situada entre 80 e 90 quilos de peso/vivo animal. O alto resultado foi registrado na região de Campo Mourão, com variedades como capim mombaça e estrela africana. “Chega a ser 20 vezes mais alto do que a média”, explica o professor Moraes. |
Boletim Informativo nº 876, semana de 8 a 14 de agosto de 2005 | VOLTAR |