Entre Rios é exemplo
na formação profissional


Em setembro de 2004, o produtor rural Jonatan Odoni Martin, de Tuneiras do Oeste, fez o curso em Meliponicultura (abelhas sem ferrão) oferecido pelo SENAR-PR e Sindicato Rural. Ele conta que quando optou pelo curso não conhecia a atividade, mas que de lá para cá vem trabalhando na adaptação de abelhas sem ferrão. “Estou estudando as espécies para poder repassar informações sobre o manejo”.

Jonatan é um dos poucos (se não o único) produtores de abelhas nativas na região. Esse mês voltou a novo curso oferecido pelo SENAR-PR, desta vez fornecendo inclusive as caixas de abelhas para o treinamento. “É interessante poder passar o conhecimento que adquiri para os novos participantes”. Em relação ao trabalho de adaptação de raças que vem fazendo, o produtor está bastante otimista.

Atualmente trabalha com 15 caixas de abelhas Mandassaia, 10 caixas de abelha Jataí e quatro caixas de Uruçu. Cada caixa de Uruçu vale entre R$ 350 a R$ 400, um investimento alto para quem está iniciando na atividade. Jonatan acredita que o retorno valerá a pena.
Como está aumentando o meliponário, ainda não está trabalhando com a comercialização de mel, mas já traça metas para o futuro. “Em dois anos pretendo trabalhar com 100 caixas de cada espécie”, diz o produtor e exemplifica: “tem produtor com 1.200 caixas que consegue tirar R$ 35 mil por ano, dependendo da florada. Ele exporta, mas sei que tem saída para o produto no mercado interno também”.

O segundo exemplo é de Umuarama. O espírito empreendedor sempre acompanhou o produtor rural Henrique João Zelazowski. Dono de uma pequena propriedade, ele trabalha com café e leite. Além de produzir, empacota os produtos e comercializa diretamente com os consumidores. Há pouco mais de três meses decidiu fazer o curso de embutidos e defumados oferecido pelo SENAR-PR no CTA de Assis Chateaubriand.

De lá para cá, o produtor já construiu instalações e comprou equipamento necessário para dar início à produção. Faz 60 dias que Henrique está vendendo salame, costela e bacon, entre outros salgados e defumados. A produção é de 200 quilos de carne transformada por semana. A matéria-prima é inspecionada e abatida no matadouro municipal.

Como o produtor conseguiu aproveitar alguns equipamentos que já tinha disponíveis na propriedade, investiu cerca de R$ 3,5 mil, que espera recuperar em curto prazo: “Estou apostando que em um ano recupero o que investi, apesar de já estar planejando novos investimentos, como comprar uma máquina de homogeneizar a carne”, conclui o produtor, animado com a nova atividade.


Boletim Informativo nº 874, semana de 25 a 31 de julho de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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