Para OMS, não há evidência de riscos dos transgênicos
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Apesar de alguns ativistas chamarem os alimentos transgênicos de "Frankenstein", a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que não há evidências científicas de que os produtos hoje nas prateleiras acarretem riscos. Na visão da OMS, os alimentos geneticamente modificados podem beneficiar produtores e consumidores, mas é necessário que sejam sempre submetidos a verificações de segurança antes da comercialização. Em um relatório de 58 páginas, a OMS disse que os transgênicos podem aumentar as safras e a qualidade dos alimentos, o que melhoraria a saúde e a nutrição das populações, além de trazer mais lucros para agricultores e indústrias. Mas, como alguns genes usados nesses produtos são alheios às cadeias alimentares naturais, seus potenciais efeitos sobre a saúde e a sociedade devem ser sempre avaliados antes do cultivo e comercialização. "Não temos dados que sugiram que os alimentos transgênicos no mercado não sejam seguros, mas isso não é o mesmo que dizer que os alimentos transgênicos no futuro serão automaticamente seguros", afirmou Jorgen Schlundt, diretor do Departamento de Segurança Alimentar da OMS. A OMS diz que 800 milhões de pessoas sofrem de desnutrição nos países em desenvolvimento, apesar de um declínio de 50 por cento nos preços dos alimentos nas últimas duas décadas. Além disso, a população mundial deve passar de 6 para 8 bilhões até 2025. Embora os transgênicos não sejam uma panacéia, eles podem ser importantes para atender às futuras demandas alimentares do mundo, segundo o relatório, ampliando a oferta de vitaminas e ferro para algumas populações mais pobres. "A produção de propriedades nutritivas reforçadas em lavouras consumidas pelos pobres pode reduzir o peso das doenças em muitos países em desenvolvimento", afirma o texto, que cita como benefício também a diminuição do uso de agrotóxicos. |
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Boletim
Informativo nº 871, semana de 04 a 10 de julho 2005 | VOLTAR |