Brasil é um dos países
que menos | |||
A OCDE, que reúne os 24 países mais ricos do mundo, também iniciou um programa de acompanhamento das políticas agrícolas dos quatro principais países emergentes – Brasil, China, Índia e Rússia. O chefe do Departamento de Comércio Exterior da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Donizeti Beraldo, acredita que a divulgação do estudo da OCDE funcionará como um atestado de bons antecedentes para o Brasil nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). "Sem esse respaldo, o Brasil, alçado à condição de líder do G-20, ficaria fragilizado, já que sempre adotou uma postura ofensiva na mesa de negociações, posicionando-se pela redução do protecionismo agrícola", comentou. Donizeti acrescentou que o Brasil hoje tem uma política de subsídio direcionada apenas para a pequena produção. "A agricultura empresarial não tem subsídio, mas é competitiva no mercado internacional a partir de fatores internos como o emprego de tecnologia e baixo preço da terra. Temos potencial para crescer". Negociações – O chefe do Departamento de Comércio Exterior da CNA avalia que o acordo agrícola iniciado na OMC em 1994 com a Rodada Uruguai do antigo GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), e atualmente em curso com a Rodada de Doha (lançada em 2001), ainda não surtiu efeito. "O acordo previa a liberalização do comércio agrícola, mas aconteceu o contrário. De lá para cá, o subsídio aumentou", disse, citando os fracassos das negociações em Seatle (EUA), em 1999, e em Cancun (México), em 2003. Segundo Donizeti, a expectativa agora é de que dentro da nova Rodada de Doha, prevista para ocorrer até o final do ano em Hong Kong, sejam superadas as divergências que estão emperrando a conclusão da atual rodada. "O sucesso dessa rodada será fundamental para o Brasil. É importante que as regras não deixem brechas que sirvam de válvula de escape, como aconteceu nas rodadas anteriores". Donizeti acredita que a resistência dos países ricos em reduzir o protecionismo agrícola é o principal entrave nas negociações. | |||
Boletim
Informativo nº 870, semana de 27 de junho a 03 de julho de 2005 | VOLTAR |