Sindicatos do Paraná
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A saída dos ônibus para Brasília acontece nos dias 27 e 28 de junho, de acordo com definição de cada regional. No dia 26 de junho, uma caravana de agricultores saiu do Rio Grande do Sul rumo a Brasília. Após percorrer 700 km de Passo Fundo a Campo Mourão, região central do estado, os produtores se reuniram em ato público, depois do qual foi servido um carreteiro, uma prévia da refeição que será oferecida para 25 mil pessoas durante o protesto em Brasília. No dia 27, seguiram viagem. Há quatro pontos de concentração de máquinas nos arredores de Brasília. O ponto alto do alerta acontece no dia 29 de junho com a manifestação na Esplanada dos Ministérios com o apoio da aviação agrícola, buzinaço e pronunciamentos (confira a programação). Paralelamente, as lideranças presentes participarão de uma série de audiências, entre as quais um encontro com o Presidente da República. Razões- O objetivo dos produtores com um movimento como este é mostrar à sociedade as razões que causaram a atual crise no campo, principalmente no que se refere à falta de uma política agrícola a altura da dimensão econômica e social da agropecuária. O aumento de custo de produção, queda dos preços agrícolas, perda de produção em conseqüência da seca, ausência de seguro rural, defasagem cambial e dificuldade de prorrogação de financiamento junto aos bancos, estão entre as reclamações do setor, que pede a adoção de medidas de apoio para que o setor continue oferecendo bons resultados. Junto da pauta de reivindicações, os produtores levam a Brasília uma série de propostas que visam a, por exemplo, compatibilizar a redução de receita nessa safra com os vencimentos dos financiamentos junto a bancos e fornecedores de insumos. No Paraná, as dívidas acumuladas pela agricultura desde o início do ano chegam a R$ 1 bilhão de reais. Só nas cooperativas, em função do financiamento da venda de insumos, a dívida ultrapassa os R$ 600 milhões. Existe também uma preocupação com o orçamento federal destinado à agricultura. O setor pede a recomposição do orçamento do Ministério da Agricultura, especialmente para os serviços de defesa agropecuária, fiscalização e pesquisa. O intuito é aumentar a competitividade da agropecuária brasileira e engloba pedidos que vão da importação de agroquímicos genéricos à criação de uma Câmara Setorial da Competitividade, que se encarregue de elaborar planilhas de custos viáveis e compatíveis com a atividade econômica. "Estamos aqui porque precisamos ser ouvidos. O que estamos pleiteando é uma coisa básica é o direito de trabalhar. Nós queremos ter uma renda, alguma coisa que permita a gente que colheu uma safra, vendê-la com um mínimo de lucratividade e ter condições de plantar a outra", afirma Antonio Ernesto de Salvo, presidente da CNA.
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Boletim
Informativo nº 870, semana de 27 de junho a 03 de julho de 2005 | VOLTAR |