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Empreendedor Rural
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Empreendedores paranaenses conhecem
experiência dos produtores chilenos

Os vencedores das duas edições do Concurso Melhor Projeto Empreendedor Rural de 2004 partiram no último dia 21 em viagem técnica para o Chile onde permaneceram até dia 28. O roteiro incluiu a visita à Embaixada Brasileira, empresas de transformação de produtos e duas instituições de apoio ao empreendedorismo e exportação. Exportadores de embutidos, vegetais congelados, vinho, flores e queijos, entre outros, a visita ao Chile permitiu que nossos produtores tenham uma idéia clara do que é produzir com foco na exportação dos produtos.

Com um mercado interno pequeno e insuficiente para absorver sua produção, o Chile norteia seu trabalho com base nas exigências do mercado internacional. "A visão que as empresas do agronegócio do Chile têm é completamente distinta da nossa. Nós (produtores) dificilmente pensamos no mercado externo, lá eles não têm como sobreviver se não for assim", observa Luiz Henrique Fernandes, produtor rural de Porecatu. Nesse sentido, um aspecto que chamou a atenção dos visitantes é a estrutura de apoio ao setor. Citam como exemplo, o trabalho desenvolvido por organizações como a Pró-Chile e a Fundação Chile, a primeira uma agência do governo chileno criada com o objetivo de fomentar as exportações chilenas, a segunda uma instituição de direito 




Grupo de empreendedores em dois
momentos da visita técnica

privado, voltada à promoção do desenvolvimento de empresas e diversificação dos produtos do agronegócio. "Isso exige que os produtores atendam às boas práticas agrícolas", completa Luiz Henrique.

Em termos de organização do setor agropecuário, os visitantes contam que não há muitas diferenças entre os países, indicando até uma certa vantagem do Brasil em termos da busca por associativismo entre os produtores. Segundo a engenheira agrônoma Márcia Maria Dalla Barba, de São Miguel do Iguaçu, a experiência deles em trabalhar com mercados específicos pode servir de lição para os brasileiros: "Sabemos produzir, mas não sabemos agregar valor à nossa produção. Eles têm algumas especialidades como os vinhos, queijos, frutas".

Na opinião de Elisangeles Baptista de Souza, técnica da FAEP que acompanhou o grupo, a viagem foi também uma boa oportunidade para que o produtor daqui pudesse ter contato com todos os processos de análise de qualidade desde a produção, processamento do produto, armazenamento e expedição: "Tudo é controlado. Eles têm que ter a certeza de que seu produto tem qualidade e sanidade".

Instrutores avaliam andamento
da terceira fase do programa



Evento reuniu instrutores do SENAR e SEBRAE em Curitiba


   Instrutores da fase três do Programa Empreendedor Rural se reuniram em Curitiba entre os dias 30 de maio e 3 de junho com dois objetivos: discutir os módulos 5, 6, 7 e 8 do programa (ao todo são 12 módulos) e fazer uma avaliação do trabalho desenvolvido até agora em campo. O primeiro dia foi dedicado a esta revisão do conteúdo dos primeiros módulos. De acordo com o coordenador do PER pelo SENAR-PR, Élcio Chagas, foram levantados aspectos positivos e negativos dos primeiros módulos da fase três: "Durante a semana o grupo vai apontar as modificações e melhorias que serão implantadas à medida que forem necessárias".

Nos dias que seguiram os instrutores discutiram os

módulos de associativismo rural, liderança e papel do líder rural, comércio interno e política cambial, economia de escala e poder de mercado no agronegócio. Outro aspecto abordado foi a execução do projeto de caráter associativo que, de acordo com alguns instrutores, será de grande importância na orientação dos participantes que estão iniciando o desenvolvimento dos trabalhos. "A partir dessa revisão poderemos dar uma recapitulada no que foi visto com os grupos", comenta o instrutor Claudinei Alves. Na opinião do instrutor Ivonei Christóforo o debate sobre os projetos ajuda esclarecer na abordagem de questões sociais e de outras que em princípio têm cunho econômico mas que trarão benefícios sociais para a comunidade envolvida.

Em relação aos novos módulos, os instrutores destacam as discussões em torno dos temas liderança e associativismo. Para Christóforo, este último " deixa claro a importância de se resolver os problemas do meio rural pelo associativismo, evitando a produção pulverizada".

O instrutor destaca também a mudança de visão que eles (instrutores) tiveram em relação aos resultados que o Programa Empreendedor Rural pode levar ao campo. "Com a fase três, a fase dois ganhou mais importância", observa Ivonei. "Hoje sabemos que podemos atingir as comunidades, levantar problemas e apontar caminhos para solução".

SINTONIA

COAGRU

A edição do Jornal da COAGRU (Cooperativa Agropecuária União Ltda) dos meses de março e abril destaca o empreendedorismo em suas páginas centrais. O Programa Empreendedor Rural é citado como "mecanismo utilizado para firmar o Paraná como exemplo de estado rural". Participantes das turmas de Ubiratã que estão com projetos implantados ou em fase de implantação servem de incentivo para novos empreendedores do agronegócio.



Turma de Tupãssi


Tupãssi

O grupo de empreendedores de Tupãssi vive a expectativa do final da primeira fase, conclusão dos projetos, participação no encontro estadual de empreendedores.

Os dezenove participantes dão os últimos retoques nos trabalhos que incluem cultivo hidropônico de hortaliças, implantação de aviário, suinocultura, instalação de silos para armazenagem, entre outros.


Santo Antonio da Platina

A turma da fase três do PER em Santo Antonio da Platina reúne, além de produtores do município, participantes de ribeirão Claro, Jacarezinho e Guapirama. Segundo o instrutor Célio Marques, o grupo é formado por turmas que se destacaram na primeira fase do programa. "É um grupo bastante maduro, que vê no Empreendedor Rural uma oportunidade de formação de líderes".


Turma de Santo Antonio da Platina


Boletim Informativo nº 867, semana de 6 a 12 de junho de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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