Em resposta à mobilização da FAEP por medidas de apoio aos produtores rurais, o senador Álvaro Dias comunicou ter gestionado junto ao Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para que leve ao Palácio do Planalto a necessidade de adotar rapidamente medidas para não comprometer o processo de evolução pelo qual passa o agronegócio nacional.

“A agricultura brasileira vive um momento de dramaticidade incomum, provocada por estiagem prolongada, queda dos preços das commodities, desvalorização do dólar e concorrência desleal das grandes nações”, disse o senador.

O alerta, feito na tribuna pelo Senador, é de que somente no Paraná os prejuízos da longa estiagem devem ultrapassar R$1,1 bilhão. As regiões mais atingidas pela falta de chuva regular e que estão registrando os maiores prejuízos com a soja são as de Cascavel, com perdas de 13,2%; Campo Mourão, com 22,23%; Francisco Beltrão, com 45%; Toledo, com 16,4%, e Jacarezinho, com 12,7%.

“O Governo precisa garantir o preço mínimo dos produtos agrícolas, pois, anuncia um preço e depois não garante. A elevação dos preços dos insumos aumentou significativamente os custos de produção das lavouras: 17% no milho, 15,5% na soja e 12% no trigo. Quanto ao trigo, há uma concorrência desigual, pois os subsídios concedidos na Argentina conferem aos produtores brasileiros uma situação de desvantagem.

Quanto ao pagamento do preço mínimo, o senador Álvaro Dias diz que, talvez, seja necessário fixar em lei, como imposição, a obrigatoriedade de o Governo garantir o pagamento do valor instituído. “Na verdade, trata-se de enganar o produtor, na medida em que ele planta acreditando no preço anunciado pelo Governo e, no momento de vender, esse preço não é real, pois o Governo não determina o cumprimento do preço mínimo instituído”, comentou.

“O Governo não pode colocar obstáculos à trajetória de prosperidade do agronegócio brasileiro”, disse o senador, após declarar apoio às reivindicações da agricultura paranaense, como financiamento de investimentos, prorrogação dos vencimentos das parcelas vencidas e vincendas, financiamento de custeio, preço mínimo de garantia, recursos para sustentação da garantia e das operações de credito e seguro rural.