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Dificuldade de financiamento
impede conclusão de projeto
Roberto Vissotto em seu viveiro de mudas de eucalipto
Quando decidiu participar da primeira turma do Programa Empreendedor Rural, em 2003, o produtor Roberto Pedro Vissotto, de Nova Aurora, tinha como atividade principal o cultivo de abacate em sua chácara de 6 hectares. Hoje, o viveiro de mudas de eucalipto, na época com 200 mil mudas já conta com 350 mil mudas, segundo Vissotto, a expansão só não foi maior porque enfrentou e vem enfrentando dificuldades para conseguir financiamento.
Roberto conta que o projeto foi sendo desenvolvido de acordo com as etapas apresentadas na primeira fase do programa. A ampliação do viveiro incluiri o trabalho com mudas de espécies nativas. Assim que identificou a necessidade de financiamento, foi atrás de empréstimo e começou a esbarrar em uma série de impedimentos: “Para começar, não existe uma linha específica para a implantação de viveiros”, reclama o produtor. Segundo ele, nem no PROPFLORA, linha do BNDES que apóia a implantação e manutenção de florestas destinadas à recomposição de áreas ou florestas de uso industrial, o projeto se enquadrava.
Outro impedimento na hora de conseguir financiamento junto ao Banco do Brasil foi a garantia exigida pela instituição. Ele conta que o banco não aceitou a chácara como garantia; “Não adiantou o projeto ser viável, consegui só R$ 14 mil”. Em função disso, a implantação do projeto não foi concluída. Em princípio a idéia era ter 500 mil mudas de eucalipto e 100 mil de nativas. O produtor não desistiu do projeto. Por ora, o produtor continua buscando financiamento: “O Banco do Brasil me deu seis meses de carência e dois anos de prazo para o pagamento, enquanto não terminar de pagar não posso tentar novo financiamento”, observa Roberto que avalia a possibilidade de tentar empréstimo junto a instituição privada.
Mesmo não tendo concluído o projeto, o produtor faz uma avaliação positiva do trabalho: “Não foi colocado 100 % em prática, mas está dando certo”. Ele atribui ao PER a capacidade de entender melhor a atividade que exerce. “A gente aprende a fazer muitos cálculos. Tem atividade que está trabalhando no vermelho e a gente achava que estava tendo lucro”, diz.
Atualmente, Vissotto participa da terceira etapa do programa. Já foram feitas duas reuniões com a turma e ele conta que já sabe o tema de eu projeto. “Vai ser sobre a industrialização do abacate, extração de óleo para uso na indústria alimentícia, cosmética e de biocombustível”, adianta o produtor que pretende agrupar produtores da região neste trabalho.
Boletim Informativo nº 865, semana de 23 a 29 de maio de 2005 | VOLTAR |