Paraná quer manter cerco de Ágide Meneguette, presidente da FAEP e do Fundepec, renovou a advertência sobre o risco sanitário e os prejuízos econômicos da febre aftosa para os rebanhos bovinos do Paraná. Ágide participou do Fórum 10 anos Sem Febre Aftosa, promovido pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) dia 6, durante a 33ª Expoingá, em Maringá. “O perigo não passou. O vírus ronda o Estado já que foram verificadas ocorrências no Paraguai e na Bolívia”, enfatizou para uma platéia de técnicos e criadores, além de representantes das 35 instituições que integram o Conesa. Uma simulação feita pela FAEP sobre os efeitos de um novo foco de aftosa sinalizou para prejuízos na ordem de US$ 2 bilhões, que podem multiplicar-se devido a perda sequencial de mercados mundiais. Também o vice-governador e secretário estadual da Agricultura, Orlando Pessuti, demonstrou preocupação com esta possibilidade. “Se tivermos apenas um foco de febre aftosa vamos evidentemente sofrer um embargo às exportações. Isso será o caos para a pecuária paranaense”, declarou. Nos últimos anos, a pecuária paranaense expandiu as exportações. Entre 1999 e 2004 os embarques de carnes bovina e suína ao exterior saltaram de US$ 40 milhões para US$ 195 milhões, num crescimento de 387%. Além disso, no mesmo período, o faturamento das exportações de frango subiu para US$ 728 milhões, graças ao reconhecimento e credibilidade sobre a qualidade da carne paranaense nos mercados internacionais. Meneguette falou da necessidade do Estado manter o status de área livre de febre aftosa com vacinação conquistado em 2000 junto a Organização Internacional de Epizootias (OIE) e proteger outras cadeias paranaenses dos riscos sanitários. “É indispensável manter esta situação não apenas em relação aos rebanhos de bovinos e suínos, mas também em relação às aves, aos ovinos, caprinos e à produção vegetal, especialmente da soja ameaçada pela ferrugem”. Conscientização dos produtores - O vice-governador salientou os avanços da pecuária paranaense nas últimas décadas “principalmente por causa da compreensão e conscientização dos produtores rurais”. Para Pessuti, a vacinação ainda é o meio mais barato e eficiente de controle da doença. “Tão importante quanto ser área livre de aftosa é manter-se livre por um longo período de tempo, ou melhor ainda, para sempre. Será um desafio permanente, a ser enfrentado pelo Estado e por cada produtor”. A campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra febre aftosa vai até 20 de maio. O Paraná completa este mês 10 anos sem a doença ,embora tenham sido registrados focos em outros países como a Bolívia, Paraguai e Argentina, além do estado de Rio Grande do Sul . “O vírus está ao nosso redor”. A pecuária é desenvolvida em 215 mil propriedades cadastradas no Paraná. A campanha de 2004 teve um índice de 98% dos rebanhos vacinados contra a aftosa.
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Fórum de encerramento será em Curitiba Em Curitiba, o encerramento da primeira etapa da campanha de vacinação 2005 será no dia 20, com o Fórum regional Paraná 10 Anos Sem Febre Aftosa. Todos os presidentes dos 161 Conselhos Municipais e Intermunicipais de Sanidade Agropecuária do Estado estão mobilizados para participar do evento na capital do Estado. O evento acontece a partir das 10 horas no grande auditório da Fundação Rádio e TV Educativa (antigo Canal da Música), no bairro Mercês. Promovido pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), os Fóruns são realizados com o objetivo de alertar os pecuaristas para a necessidade de vacinar e zelar pela qualidade dos rebanhos animais e credibilidade da produção de carne do estado. Os fóruns marcam o transcurso dos 10 anos sem casos da doença no território paranaense. Estão confirmadas dia 20, as presenças do vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti; de Ágide Meneguette; de João Paulo Koslowski, presidente da Ocepar; e de Valmir Kowalewski, da Delegacia Federal da Agricultura.
Forum Paraná 10 Anos Sem Aftosa |
Boletim Informativo nº 864, semana de 16 a 22 de maio de 2005 | VOLTAR |