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Espaço
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Estudo
de mercado é fundamental
para a viabilização do projeto
O empreendedor Manfred Majowski
Aplicação de dejetos de suínos na agricultura
Manfred Michael Majowski é proprietário da Granja Masteke e Fazenda Nova Estância em Guarapuava. Em 2004 participou da primeira fase do Programa Empreendedor Rural junto com os administradores de suas propriedades. Juntos, trabalharam no desenvolvimento de um projeto de maximização dos sistemas de produção em agricultura e suinocultura, trabalho inclusive premiado no concurso promovido pela organização do programa no fim do ano.
De lá para cá, eles vêm trabalhando na implantação do projeto que, de acordo com o cronograma, deve estar concluído até final de 2006. Um acidente fatal com um dos integrantes da equipe, o administrador na área de suinocultura, Rudi Weske, no início do ano postergou algumas ações que estão sendo retomadas aos poucos por Manfred e Winfrid Buhali. A seca e o preço dos produtos agrícolas também interferiram.
O produtor conta também que decidiu dispensar um pouco mais de tempo na coleta de informações e pesquisa de propriedades que trabalham em sistema semelhante. Viajou para Argentina em março, mas foi em uma segunda viagem pelo interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais que conseguiu informações, que segunda avaliação do produtor podem ser de fundamental importância para o sucesso do projeto: “Valeu a pena, foram 3200 km. Foram sete propriedades visitadas, além de empresas. Vi muitas novidades e detalhes que vão me ajudar a implantar o projeto de melhor forma”.
O projeto foi revisto e deve haver algumas adaptações em sua implantação. Em termos de agricultura de precisão, estão sendo feitas análises de solo georreferenciadas, conforme projeto para geração de mapas e posteriores correções. Foi contratado mais um técnico agrícola para treinar e intensificar o monitoramento de pragas, ervas e doenças. Também estão em teste alguns equipamentos de precisão. Na área de suinocultura, o grupo estuda a viabilidade da implantação de
biodigestor. Segundo Manfred, a visita a propriedades de outros estados foi para conhecer melhor essa tecnologia e obter melhores informações de como credenciar a granja para negociação de créditos de carbono: “Falta apenas entender melhor e correr atrás da possibilidade de créditos de carbono, que vai ser fundamental. No projeto foi considerado como uma possibilidade eventual e hoje estou convicto que precisa estar incluída para ter mais uma receita e ajudar a amortizar o investimento”. “Temos a certeza de que a oportunidade de realização deste curso ajudou em muito no estudo de investimento”, afirma Manfred. O produtor lembra que mesmo antes do programa ele já contava com uma estrutura montada e controles de contabilidade gerencial terceirizada. De acordo com ele, o grande diferencial trazido pelo PER começou com o envolvimento da equipe de administradores com o projeto desde o início, com diagnósticos, estudos de mercado e viabilidade de novos investimentos. “Foi feito o levantamento minucioso dos valores reais dos capitais, que na contabilidade normalmente estão defasados e agora temos certeza da rentabilidade real das atividades”, observa. Outra mudança adotada após o Empreendedor Rural estão relacionadas aos controles das atividades de agricultura e suinocultura, anteriormente feitos isoladamente, até que chegou-se a conclusão de que deveriam ser analisadas em conjunto, já que uma pode beneficiar a outra. “Não levávamos em conta, por exemplo, a questão dos dejetos, que reduzem custos e com o biodigestor, além de usados como fertilizantes, vão representar economia de lenha”, diz. Como conselho aos colegas, Manfred sugere que antes da implantação busquem informações e procurem visitar produtores que já estejam na atividade. |
Sintonia
Casa em Ordem
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Boletim Informativo nº 863,
semana de 9 a 15 de maio de 2005 |
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