Contra a febre aftosa |
Mobilização da
campanha envolve totalidade da pecuária paranaense |
Todo o Paraná estará comprometido nas próximas semanas com a primeira etapa da campanha de vacinação 2005 contra febre aftosa. A exemplo dos 10 anos em que a doença é mantida longe dos rebanhos de bovinos e búfalos do Estado, a mobilização é liderada pelo Conesa, com suas extensões representadas pelos Conselhos Municipais e Intermunicipais de Sanidade Agropecuária, que reúnem aliados de peso como a Secretaria Estadual da Agricultura, FAEP, Fundepec/PR, Senar/PR, Ocepar, prefeituras municipais, Sindicatos Rurais e demais órgãos de representação agropecuária. Um exemplo, a determinação paranaense. Há dois anos pecuaristas e Governo do Estado fazem a campanha com recursos próprios, sem a ajuda que o Governo Federal deveria dar. Para o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, é uma excelente ocasião de os pecuaristas voltarem a exercer sua participação. "É preciso lembrar que sanidade interessa a cada um de nós, produtores rurais. Ter a consciência de que este é um assunto importante demais para deixar apenas nas mãos do governo". O lançamento oficial da campanha foi feito dia 29, em Guarapuava pelo vice- governador e secretário Estadual da Agricultura, Orlando Pessuti, com a participação de dirigentes do setor. A vacinação vai até 20 de maio, visando 10,24 milhões de animais dos rebanhos paranaenses. Os pecuaristas têm ainda até 30 de maio para entregarem os comprovantes e notas fiscais das doses nas regionais da SEAB. Equipes de vacinadores visitarão as propriedades de parte dos 42 municípios das regiões de Francisco Beltrão e Pato Branco (Sudoeste) para vacinar os animais. Os produtores pagam uma taxa pelo serviço nas propriedades. Walter Ribeirete, chefe da Seção de Febre Aftosa (DEFIS/SEAB) destaca as visitas como uma vantagem principalmente para pequenos produtores, que têm número reduzido de animais. Além de não precisarem adquirir os frascos de 10 doses de vacinas (tendo muitas vezes que desperdiçar parte delas) e as seringas, os pecuaristas vêem-se liberados de outra obrigação: os próprios vacinadores encarregam-se da entrega dos comprovantes da imunização e das notas fiscais nas unidades veterinárias da SEAB, regularizando a situação dos produtores. |
Além dos 10 anos sem a doença no seu território, o Paraná também completa em maio 5 anos de seu reconhecimento pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) como estado área livre de febre aftosa com vacinação. "Mas o perigo não passou", alerta Ágide Meneguette. O dirigente ressalta os aspectos da sanidade agropecuária para o agronegócio. "Temos que tomar em nossas mãos a responsabilidade de manter a sanidade naquilo que nos for possível. Vacinar o gado para combater doenças, identificar e relatar focos, não nos descuidar da ferrugem na soja. |
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Boletim Informativo nº 862,
semana de 2 a 8 de maio de 2005 |
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