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A importância da formação
de líderes no meio rural
Aumentar o poder político, econômico e social dos agricultores e dotar o agronegócio paranaense de empreendedores qualificados e líderes comprometidos com o desenvolvimento sócio-econômico do meio rural. Estes são alguns dos objetivos que levaram os parceiros SENAR-PR, SEBRAE-PR, FAEP e FETAEP a dar seqüência à proposta da fase um do Programa Empreendedor Rural.
A primeira etapa, cujo número de participantes já ultrapassa os seis mil, aborda temas como cadeias agroindustriais, planejamento estratégico e operacional, globalização e política agrícola. Ao mesmo tempo, os participantes aprendem a
Mais de seis mil participantes passaram pela primeira
etapa do Programa Empreendedor Rural que tem como
meta atingir três mil pessoas na terceira fase
trabalhar com o desenvolvimento de um projeto que prevê diagnóstico, estudo de mercado, engenharia do projeto e avaliação, culminando com sua implantação. Na terceira fase, já que a segunda compreende a realização de reuniões entre os participantes durante a implantação dos projetos, o foco do programa se volta para a formação de lideranças.
O psicólogo Paulo Ferreira Vieira, responsável pelo conteúdo comportamental da fase três do PER, explica o fenômeno da liderança como resultante da conjugação de três categorias: carisma, necessidade e circunstâncias. Considerando que o programa vem atingindo de pequenos a grandes produtores rurais, vale lembrar um outro aspecto destacado por Vieira que procura deixar claro que líder não é apenas o indivíduo responsável por grandes feitos: "A liderança é feita, também, de pequenas conquistas significativas e importantes para a vida de um grupo ou uma comunidade".É por esta trilha que devem seguir os mil participantes desta primeira edição da fase três do programa, mesclando conhecimentos técnicos e comportamentais, e trabalhando no desenvolvimento de um projeto de caráter associativo.
Para Fernando Curi Peres, um dos responsáveis pelo conteúdo técnico do PER, a importância no desenvolvimento de lideranças no meio rural passa pela necessidade de organização do setor para poder competir atendendo às exigências da economia moderna. "Você precisa incentivar o associativismo no campo e isso requer liderança. As pessoas precisam confiar umas nas outras, agir com alto grau de civismo e isso não é de graça", observa. Peres acredita que o associativismo é o meio para se conseguir manter as muitas empresas rurais existentes, considerando-se aí também as pequenas empresas rurais.
A equipe responsável pela execução do PER tem metas ousadas em relação aos resultados do programa. Algumas como ter pelo menos 80 grupos de egressos de egressos atuantes realizando reuniões periódicas e desenvolvendo ações associativas até o final de 2004 já estão acontecendo. Isso diz respeito à segunda fase do PER, que registrou em 2004 mais de cem reuniões entre grupos de participantes da fase um. O número sobre para 120 grupos ao final de 2005 e 150 grupos ao final de 2006, ano em que se pretende ter formalmente implantada e com objetivos definidos, a "Confraria estadual dos empreendedores rurais". A confraria é uma garantia de que as ações do PER deram resultados e terão continuidade. "A nossa meta é criar condições para o desenvolvimento das atividades agroindustriais em bases mais sólidas no Paraná. Estamos investindo em um programa para preparar nossa gente para enfrentar as dificuldades que vêm por aí. Mais do que isso, queremos nossa gente liderando, agindo para mudar, para melhorar a vida e os negócios dos produtores rurais", explica Ágide Meneguette, presidente da FAEP.
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Boletim Informativo nº 860,
semana de 18 a 24 de abril de 2005 |
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