USDA reavalia safra brasileira de soja em 54 milhões de toneladas |
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório de abril referente à oferta e demanda mundial procedeu ao corte da produção brasileira de soja de 59 milhões de toneladas para 54 milhões, levando em conta a estiagem que afetou as principais regiões produtoras do país com números mais próximo das estimativas brasileiras (CONAB = 53,1 milhões de toneladas). Reajustou as exportações brasileiras de soja de 21,1 milhões de toneladas para 20,2 milhões, ao mesmo tempo em que elevou as exportações norte-americanas de 28,4 para 29,4 milhões de toneladas. De acordo com o USDA, a participação do Brasil no mercado internacional cairá de 35,7% para 32,5% nesta safra, decorrente da menor oferta enquanto a participação dos Estados Unidos aumentará de 43,3% para 47,7% na safra 2003/04. Os estoques finais do Brasil passaram de 20,8 milhões de toneladas para 18,1 milhões. |
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Acontece que neste período o mercado volta o seu olhar para as condições climáticas nos Estados Unidos, ainda mais que dentro de 15 dias o plantio da soja deverá se intensificar nos EUA e, portanto, o clima passa a ter forte pressão na formação dos preços. A partir da reavaliação da produção brasileira, o USDA reajustou o quadro da produção mundial de 224,14 milhões de toneladas para 219,23 milhões, e os estoques finais passaram de 55,98 milhões de toneladas para 52,59 milhões. As projeções de preços para 2004/05 também foram revistas para US$ 11,58/saca a US$ 12,24/saca contra uma previsão de US$ 11,15/saca a US$ 12,03/saca do relatório de março. Conforme o DERAL (Departamento de Economia Rural), da Secretaria da Agricultura do Paraná, aproximadamente 74% da soja paranaense tinha sido |
PARANÁ - SOJA - SAFRA 2004/05 Situação em 08/04
SOJA - PREÇOS AO
PRODUTOR - 2005 |
colhida até a primeira semana de abril, equivalente a sete milhões de toneladas para uma produção estimada de 9,53 milhões (quebra de 23% em função da estiagem). A comercialização da soja paranaense registra um ritmo lento. De acordo com o DERAL somente 10% da safra foi comercializado, contra 44% no mesmo período do ano passado. As cotações desfavoráveis nos mercados internacional e doméstico, alia-das ao dólar em R$ 2,5630/US$, são fatores que conduzem o produtor a adotar uma estratégia de retenção do produto objetivando aproveitar os repiques de preços, e assim tentar reduzir suas perdas em 2005. Gilda
Bozza Borges |
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Boletim Informativo nº 860,
semana de 18 a 24 de abril de 2005 |
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