Paraná já está produzindo semente de
soja transgênica para safra 2005/2006


Centro Nacional de Pesquisa da Embrapa Soja,
de Londrina, aderiu à produção em escala comercial
da semente de soja transgênica

O Paraná já está produzindo em escala comercial semente de soja transgênica, que será colocada no mercado na safra 2005/2006. A iniciativa foi regulamentada pela aprovação da Lei de Biossegurança, sancionada na semana passada. Segundo informações do jornal Folha de Londrina, a Cooperativa de Desenvolvimento Tecnológico (Codetec), instalada em Cascavel, que tem a autorização da Monsanto para utilizar a tecnologia da semente modificada geneticamente em suas variedades, pretende produzir cerca de cinco milhões de sacas de semente. A cooperativa vai utilizar a tecnologia da Monsanto em quatro variedades.


   O Centro Nacional de Pesquisa da Embrapa Soja, de Londrina, que também detém essa autorização, aderiu à produção em escala comercial da semente de soja transgênica. A previsão é produzir 4.275 toneladas de semente que dá para plantar 71.258 hectares com lavouras de soja modificada geneticamente.

A cooperativa já liberou a comercialização da semente para cerca de 120 empresas produtoras licenciadas em todo o País, segundo informou o diretor da Codetec, Ivo Carraro. Ele disse que a introdução de semente de soja transgênica legalmente produzida será gradual porque não há capacidade para produzir tudo de uma vez.


   O gerente do Serviço Nacional de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja, Luiz Carlos Miranda, informou que já foram plantados 2.138 hectares com sementes de soja transgência para atender produtores dos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A Embrapa vai utilizar a tecnologia da Monsanto em seis variedades de soja.

As empresas de tecnologia ainda não sabem o valor dos royalties que a Monsanto pretende cobrar no Paraná pela utilização da tecnologia de sementes de soja resistentes ao Roundup Ready (RR). Segundo reportagem da Folha de Londrina, a

empresa já definiu o valor para o Rio Grande do Sul, mas ainda está em negociação para os demais estados.

Para Luiz Carlos Miranda, se a Monsanto cobrar um valor excessivo para o royaltie vai amargar o isolamento do produto na prateleira porque o produtor não vai comprar. Ele disse que não é contrário ao pagamento de royalties porque a própria Embrapa cobra um porcentual dos produtores a título de taxa tecnológica pelas variedades de soja convencional que coloca no mercado. ‘’A taxa tecnológica ou royaltie representa a remuneração da pesquisa e desenvolvimento tecnológico que precisa ser reconhecido’’, defendeu Miranda. (Fonte: jornal Folha de Londrina, de 30 de março de 2005).


Boletim Informativo nº 858, semana de 4 a 10 de abril de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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