MP 232

Arns negou apoio ao aumento tributário

Declarando ser totalmente contrário a qualquer tipo de aumento da carga tributária, o senador Flávio Arns (PT/PR) enviou e-mail à FAEP semana passada, para manifestar seu apoio a luta da agricultura paranaense em relação aos efeitos da Medida Provisória 232 sobre a agropecuária. O senador Arns disse ser ostensivamente favorável ao reordenamento da política tributária "inclusive com a necessária diminuição do peso tributário".

Osmar pediu prorrogação
Durante a instalação da Comissão de Agricultura no Senado, em 1º de março, o senador Osmar Dias pediu a prorrogação da vigência da MP 232 por mais 30 dias. Para o senador, a nova Comissão de Agricultura precisa trabalhar urgente por"saídas para alterar o cenário de dificuldades que enfrenta o agronegócio no País, além de alavancar políticas adequadas para o campo".

Além do empenho em evitar o pagamento antecipado do imposto de renda na comercialização agrícola, Osmar enviou um pedido ao Governo Federal, defendendo a adoção de medidas de apoio ao agronegócio brasileiro, com o objetivo de prevenir o impacto e afastar os efeitos de uma crise de preços e renda para o setor. O senador defende ainda a imediata liberação de recursos para amparar a comercialização do trigo 2004 e a renegociação das parcelas vencidas do custeio do produto. A proposta contempla também a liberação de recursos de pré- custeio e custeio da safrinha de milho, cujo plantio atrasou devido a estiagem do Sul do País.

Micheletto mantém crítica à
antecipação do IR agropecuário

O deputado Moacir Micheletto, vice-presidente da FAEP, reiterou a crítica ao teor da decisão da MP 232. O parlamentar considerava muito curto o prazo de 30 dias do primeiro adiamento – com vigência até o começo de março. O novo prazo, na sua avaliação, não alivia a preocupação da agropecuária. "O pagamento da retenção terá que ser feito no ato da venda do produto, e sua compensação ocorrerá, somente no ajuste anual do Imposto de Renda, que acontece no próximo ano". Segundo Micheletto, a questionada MP gerou uma situação de instabilidade e indecisão no País sem ter sido sequer apreciada pelo Congresso Nacional. Além disto, muitos produtores rurais serão prejudicados com a perda da isenção do IR, sobretudo os pequenos que não têm contabilidade. "Muitas dessas retenções poderão ficar nas mãos da Receita Federal".

Turra pediu para adiar mais ainda
Declarando-se um aliado "incondicional" para o combate aos dispositivos da MP 232/2004, o deputado Francisco Turra (PP/RS) disse em e-mail enviado a FAEP, ser "imprescindível que as confederações nacionais de empresários coordenem forte mobilização legislativa em todo o Brasil, exigindo maior grau de alinhamento de seus representantes no Congresso Nacional". O deputado apresentou Proposta de Emenda Constitucional pela observância de um prazo de 180 dias para a MP 232 entrar em vigor.

Barbieri temia efeitos sobre os empregos do País
O deputado Marcelo Barbieri (PMDB/SP) contrapôs ser favorável ao reajuste do Imposto de Renda, mas contrário ao aumento do imposto incidente sobre os prestadores de serviços, profissionais liberais e "outros segmentos da sociedade brasileira". Segundo Barbieri, o peso da carga tributária inibe o crescimento e a geração de empregos.


Boletim Informativo nº 854, semana de 7 a 13 de março de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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